Ministra destacou que cronograma do concurso foi planejado para não sofrer impactos do período eleitoral. “A grande maioria das vagas do CPNU 2 não tem curso de formação. Depois da terceira chamada, a gente já pode homologar o resultado", disse Esther. Foto: Diego Campos / Secom / PR
“É ter um serviço público com a cara do Brasil”, diz Esther Dweck sobre o “Enem dos Concursos”
Durante o
programa “Bom Dia, Ministra” desta terça-feira, 16 de dezembro, a
ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck,
esclareceu dúvidas sobre o calendário do Concurso Público Nacional
Unificado (CPNU) e destacou o caráter nacional e democrático das duas
edições da seleção.
“A gente
está muito feliz com a realização do primeiro e agora, o segundo também
foi muito importante em termos de representatividade: mais participação
feminina. A gente espera que o resultado seja também nesse sentido de
trazer para dentro do serviço público todos os brasileiros, todas as
brasileiras. Não foi só um concurso. É uma política pública para ter um
serviço público com a cara do Brasil”, afirmou Dweck.
PRESENÇA FEMININA
A segunda prova do CPNU 2 foi realizada no dia 7 de dezembro. Um dos
destaques do certame foi a quantidade de mulheres que passaram para a
segunda fase (provas discursivas): 57,12% do total de candidatos. Os
homens representaram 42,86%. O resultado refletiu o impacto da ação
afirmativa de equidade de gênero e confirmou o protagonismo feminino na
disputa pelas vagas do serviço público federal.
A gente espera que o
resultado seja também nesse sentido de trazer para dentro do serviço
público todos os brasileiros, todas as brasileiras. Não foi só um
concurso. É uma política pública para ter um serviço público com a cara
do Brasil"
Esther Dweck
Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
PERÍODO ELEITORAL
De acordo com a ministra, o cronograma foi planejado para não sofrer
impactos do período eleitoral. Segundo ela, a legislação impede apenas a
contratação de candidatos de concursos que ainda não tenham sido
homologados após o início do chamado defeso eleitoral, período no qual
ações de agentes públicos e órgãos governamentais ficam mais restritas.
A
ministra explicou que, no caso do CPNU 2, todas as etapas foram
organizadas para garantir a homologação do resultado final até março ou
início de abril. “A grande maioria das vagas do CPNU 2 não tem curso de
formação. Então, depois da terceira chamada, a gente já pode homologar o
resultado. Aquelas vagas que têm curso de formação obrigatório são
carreiras cujo curso de formação é curto, um mês mais ou menos”,
afirmou.
CURSOS DE FORMAÇÃO
A ministra lembrou ainda que o mesmo cuidado foi adotado no CPNU 1,
com novas chamadas já realizadas e cursos de formação em andamento.
“Para aqueles cargos que não têm curso de formação, já está homologado.
Para aqueles que têm curso de formação, o curso começa em janeiro. A
expectativa é que termine em torno de abril e que também dê tempo de
homologarem em torno de maio e as pessoas possam tomar posse depois, sem
nenhum problema”, destacou a ministra.
PRESERVAÇÃO DO CONHECIMENTO
Segundo Dweck, o Governo do Brasil estruturou o modelo do concurso
para que ele possa ser mantido nos próximos anos, com a Escola Nacional
de Administração Pública (ENAP) responsável por preservar o conhecimento
técnico e operacional do CPNU. “A ENAP precisa ser a memória do CPNU,
porque quem estiver num próximo governo, já vai ter tudo registrado numa
autarquia nossa muito importante, muito sólida, que vai poder fazer de
novo”, explicou.
Considerado
o maior concurso público da história do país, o CPNU se consolidou como
uma política pública capaz de reconstruir a presença do Estado e
fortalecer serviços essenciais. “A nossa expectativa, diante da
aceitação da população e do sucesso do concurso, é que tenha uma
exigência da própria sociedade para que se continue e a ENAP vai estar
pronta para continuar fazendo o concurso”, complementou.
PRIMEIRA EDIÇÃO
A aplicação nacional do concurso resultou em um perfil diverso entre os
aprovados. Do total, 24,5% são pessoas negras, 2,29%, indígenas e
6,79%, pessoas com deficiência. Os novos servidores são oriundos das 27
unidades da Federação e de 908 municípios, o que evidencia o caráter
nacional e inclusivo do modelo unificado. Ao todo, pessoas de 5.555
cidades se inscreveram para a primeira edição, e 37% dos aprovados são
do interior do país.
QUEM PARTICIPOU
O “Bom Dia, Ministra” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC). Participaram nesta terça-feira a Rádio Jangadeiro
BandNews (Fortaleza/CE); Rádio Nacional Brasília, Amazônia e Alto
Solimões/EBC; Rádio Cidade em Dia (Criciúma/SC); Portal BNC (Manaus/AM);
Rádio Bandeirantes (Campinas/SP); Portal A Tarde (Salvador/BA) e Rádio
Executiva (Goiânia/GO).
