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Com a chegada do verão os cuidados com a saúde precisam ser redobrados
Quando a temperatura sobe, as festas se estendem pela madrugada e as férias aumentam o contato social. Temos o cenário perfeito para o lazer, mas também para as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como sífilis, HIV, hepatites B e C, HPV, gonorreia e clamídia.
Segundo estimativas do IBGE e do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de um milhão de pessoas com 18 anos ou mais declararam diagnóstico por infecção sexualmente transmissível, o equivalente a 0,6% da população adulta do país. Na Bahia, os números são alarmantes: 2.304 novos casos de HIV e 9.443 casos de sífilis foram registrados em 2023.
Apesar do verão, vírus e bactérias não tiram férias. Eles aproveitam a oportunidade de transmissão quando há mais contato físico e menos uso de preservativo. É o que alerta Caroline Barbosa, infectologista e professora da Afya Salvador. “Com o calor, férias e festas, aumentam as viagens, o consumo de álcool e as relações casuais. Isso reduz o uso de preservativos e amplia a exposição a infecções sexualmente transmissíveis”, afirma a especialista.
Nessa época, a balada pode até durar dias, mas o risco de contágio acontece em segundos. Por isso, a professora da Afya, maior grupo de educação e soluções médicas do Brasil e que na Bahia está presente em Salvador com a graduação e a Afya Educação Médica Salvador, Itabuna, Guanambi, alerta que, o que muitas vezes começa como uma diversão pode virar uma preocupação real. “Antes de sair para festas ou viagens é importante levar preservativos e lubrificantes, manter vacinas em dia (hepatite B e HPV), saber onde fazer teste rápido e, se houver risco maior, avaliar o uso de PrEP ou PEP com o serviço de saúde”, conclui Caroline Barbosa.
A professora lembra ainda que, além do uso do preservativo, ferramenta mais eficaz e barata contra o HIV, a sífilis e outras DSTs, as pessoas não podem esquecer do kit prevenção composto por “lubrificante à base de água, documento pessoal, cartão do SUS e informação sobre onde fazer testagem e, caso necessário, saber onde conseguir o PrEP/PEP, conclui.
Por Flamarion Reis
