No dia a dia de uma escola, pequenos imprevistos podem se transformar em grandes riscos se não houver planejamento adequado. Imagine um alarme disparando e alunos e professores precisando agir rapidamente: sem um plano de evacuação bem estruturado, a confusão pode aumentar o perigo. Nesse contexto, a elaboração de um plano de segurança, aliado a treinamentos e simulados de evacuação, é essencial para preparar a comunidade escolar a agir com segurança em situações de emergência.

A preocupação com esses casos vem sendo adotada por algumas instituições, como o Colégio Marista Salvador, que na última semana, seguindo boas práticas recomendadas por autoridades competentes, realizou, em parceria com o Corpo de Bombeiros da Bahia, um simulado de evacuação. A ação reforçou a importância de escolas privadas e públicas manterem planos de segurança estruturados e continuamente atualizados.

Para o diretor e membro da Comunidade Religiosa do Colégio, Ir. Pedro Jadir de Araújo Melo, iniciativas como esta transcendem o aspecto técnico e promovem formação cidadã. “Simulados e treinamentos ensinam nossos alunos a colaborar, respeitar regras e agir conscientemente em situações de risco. Criar um ambiente seguro é preparar nossos estudantes para lidar com desafios reais, fortalecendo hábitos de prevenção dentro e fora da escola”, afirma. Cada treinamento é pensado para integrar aprendizado prático e teoria pedagógica, reforçando valores como empatia e cuidado com o outro. A escola também investe em infraestrutura adequada e capacitação contínua da equipe, garantindo respostas rápidas e eficazes.

Cada exercício busca reproduzir situações reais, permitindo identificar pontos críticos e aprimorar o tempo de evacuação. Esse acompanhamento profissional garante que todos saibam agir de forma organizada e segura, reduzindo riscos e fortalecendo a prevenção. Do ponto de vista técnico, o bombeiro civil Lenilson Matos, que ministrou a ação, destaca que o objetivo é ensinar e conduzir os alunos para que aprendam a se deslocar corretamente até o local seguro, chamado de “ponto de encontro”. Durante o simulado, alunos e professores percorreram rotas de evacuação planejadas e seguiram protocolos de emergência, sempre acompanhados de perto por especialistas. A prática também permite identificar oportunidades de melhoria e reforçar hábitos de prevenção contínuos.

O simulado também envolveu a comunidade escolar de forma ampla, incluindo colaboradores e familiares que puderam acompanhar parte das atividades. Treinamentos como esse são tão essenciais quanto o aprendizado acadêmico, cultural e esportivo, contribuindo para a formação integral dos alunos. A participação reforça que segurança é responsabilidade coletiva, que vai além da sala de aula e deve ser incorporada à rotina das famílias. O aprendizado prático transforma a teoria em ação, estimulando disciplina, atenção e cooperação entre alunos. Além disso, experiências assim ajudam a desenvolver resiliência e autoconfiança, preparando crianças e adolescentes para reagir de forma calma e organizada em situações inesperadas.

Por Ana Mairene Alves