
Foto: Divulgação/Arquivo O Candeeiro
Custo da cesta básica cai em 22 capitais em setembro
O valor do custo dos alimentos básicos, a chamada cesta básica, teve redução em 22 das 27 capitais brasileiras entre agosto e setembro. As reduções mais expressivas ocorreram em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos foi divulgada nesta quarta-feira, 8 de outubro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
“A
redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal
importante de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e
apoio à produção de alimentos estão funcionando”
Edegar Pretto,
presidente da Conab
Em
setembro, os menores valores médios da cesta básica foram registrados em
Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal
(R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93), cidades das regiões Norte e
Nordeste que têm composição diferente da cesta. O maior custo ficou em
São Paulo (R$ 842,26).
“A
redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal
importante de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e
apoio à produção de alimentos estão funcionando. A Conab e o Dieese
trabalham para garantir transparência nos preços e contribuir com ações
que assegurem comida de qualidade e a preços justos na mesa das famílias
brasileiras”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
TOMATE
O tomate teve queda em 26 capitais entre agosto e setembro, com
variações de -47,61% em Palmas a -3,32% em Campo Grande. O aumento da
oferta, resultado da colheita da safra nacional, ajudou a reduzir os
valores no varejo. Apenas Macapá registrou alta (4,41%).
ARROZ
O arroz agulhinha ficou mais barato em 25 das 27 cidades, com
destaque para Natal (-6,45%), Brasília (-5,33%) e João Pessoa (-5,05%).
Mesmo com as exportações aquecidas, o recorde de produção da safra
2024/25 manteve o excedente interno elevado, o que reduziu as cotações. A
única alta ocorreu em Vitória (1,29%), e o preço se manteve estável em
Palmas.
AÇÚCAR
O preço do açúcar caiu em 22 capitais, com variações de -17,01% em
Belém a -0,26% em São Luís. O aumento da produção nas usinas paulistas e
a previsão de maior oferta na Ásia provocaram queda nos preços externos
e, consequentemente, no mercado interno. Apenas em Goiânia (0,51%) e
João Pessoa (0,49%) o preço médio subiu.
CAFÉ
O café em pó caiu em 14 capitais. As maiores reduções ocorreram no
Rio de Janeiro (-2,92%) e em Natal (-2,48%). Apesar da valorização
internacional do grão, os preços elevados nos supermercados inibiram a
demanda, reduzindo as cotações médias. As maiores altas foram em São
Luís (5,10%) e em Campo Grande (4,32%).
BATATA
No caso da batata, coletadas nas cidades do Centro-Sul, em dez
capitais o produto ficou mais barato, com reduções do valor médio entre
-21,06% em Brasília e -3,54% em Porto Alegre. A queda se deve à maior
oferta, com o avanço da colheita da safra de inverno. Só Belo Horizonte
apresentou elevação (3,07%).
CARNE BOVINA
Já na carne bovina de primeira, as quedas mais acentuadas ocorreram
em Macapá (-2,41%), Natal (-1,13%) e São Luís (-1,03%). A estiagem
limitou a oferta, enquanto a baixa demanda impediu altas mais
generalizadas. O produto subiu em 16 capitais e caiu em 11. A maior alta
foi registrada em Vitória (4,57%).
TRIMESTRE
O estudo trouxe ainda o recorte entre julho e setembro de 2025, que
indicou queda no preço dos alimentos em 25 das 27 cidades em que é feito
o levantamento no período. A capital que apresentou maior queda foi
Fortaleza, com -8,96%, com a cesta passando de R$ 738,09 em julho para
R$ 677,42 em setembro, R$ 60,67 a menos. São Luís/MA (-6,51%), Recife/PE
(-6,41%) e João Pessoa/PB (-6,07%) aparecem na sequência. Nos últimos
três meses analisados, as duas únicas capitais que apresentaram alta
foram Macapá/AP (+0,94%) e Campo Grande (+0,63%).
PARCERIA
A coleta de preços de alimentos básicos foi ampliada de 17 para 27
capitais brasileiras em 2025, resultado da parceria entre a Conab e o
Dieese. A iniciativa reforça a Política Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional e a Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Os
primeiros resultados com todas as capitais começaram a ser divulgados em
agosto de 2025, com base nos dados de julho.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República