
O ministro Wolney Queiroz (Previdência) reforçou que os pagamentos são por ordem de adesão e que as primeiras remessas serão a partir do dia 24 de julho. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Acordo do INSS: pagamentos têm início no dia 24 e priorizam a ordem de adesão
"O dinheiro está disponível e quem aderir primeiro vai receber primeiro. Não espere nem mais um minuto"
Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social
Aposentados e pensionistas que sofreram
descontos indevidos por parte de entidades associativas já podem aderir
ao acordo de ressarcimento oferecido pelo Governo Federal desde 11 de
julho. O beneficiário que aderir ao acordo até segunda-feira, 21 de
julho, já vai receber o pagamento dos valores descontados na mesma
semana, a partir do dia 24.
A adesão é gratuita e dispensa o envio
de documentos adicionais, e é um passo essencial para garantir a
devolução dos valores diretamente na conta do beneficiário, sem
necessidade de ação judicial. Pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou
presencialmente, nas agências dos Correios. Depois da adesão, o valor
será depositado automaticamente na conta onde o beneficiário já recebe o
benefício previdenciário.
Pelas redes sociais, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva incentivou a mobilização dos aposentados e
pensionistas que tiveram descontos indevidos. "O Governo do Brasil
firmou um acordo histórico com INSS, MPF, DPU e OAB para acelerar a
devolução dos descontos ilegais em benefícios! Para receber é preciso
aderir aos termos em agências dos Correios ou pelo app Meu INSS. E quem
aderir até 21/07 recebe a partir de 24/07! Caso você ainda não tenha
contestado os descontos indevidos, pode fazer até o dia 14 de novembro".
O ministro Wolney Queiroz, da Previdência Social, também se manifestou.
"O dinheiro está disponível e quem aderir primeiro vai receber
primeiro. Não espere nem mais um minuto", enfatizou.
CONCILIAÇÃO
O plano
de ressarcimento homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é
resultado de um acordo de conciliação assinado entre várias
instituições. Além do Ministério da Previdência Social e do INSS,
assinaram o pacto a Advocacia-Geral da União (AGU), a Defensoria Pública
da União (DPU), o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB).
COMO FUNCIONA
Aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos entre março
de 2020 e março de 2025 recebem o valor de volta sem precisar entrar na
Justiça. Basta aderir à proposta pelo aplicativo Meu INSS ou
presencialmente nas agências dos Correios. Até o momento, o INSS recebeu
4 milhões de contestações (97,4% dos pedidos abertos).
RESPOSTA DA ENTIDADE
Quando a entidade apresenta documentos ou justificativas, o beneficiário é notificado e pode:
» Contestar por suspeita de falsidade ideológica ou indução ao erro
» Apontar que não reconhece a assinatura
OUTROS CASOS
Se o
aposentado contestar a validade da documentação, a entidade será
intimada a devolver os valores no prazo de cinco dias úteis e o caso vai
passar por auditoria. Se a entidade não fizer a devolução, o
beneficiário será orientado sobre as medidas judiciais cabíveis. O INSS
está propondo uma parceria com as Defensorias Públicas dos Estados para o
apoio jurídico aos beneficiários nesses casos.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República