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Pernambucano é destaque no Prêmio Baobá, o “Oscar dos Contadores de Histórias”
O
arte-educador e contador de histórias Guga Bezerra marcou presença
histórica na 9ª edição do Prêmio Baobá 2025, realizada no último fim de
semana (12 e 13 de julho), em Belém do Pará. Representando Pernambuco,
Guga foi o único pernambucano entre os indicados ao evento, considerado o
“Oscar dos Contadores de Histórias” no Brasil. A premiação homenageia
profissionais que fortalecem a arte literonarrativa, como contadores de
histórias, mediadores de leitura, escritores e editores. “Eu
estou numa alegria imensa, numa felicidade constante e numa emoção que
me toma a toda hora. Receber um prêmio a nível nacional como o Prêmio
Baobá, que é considerado o Oscar dos Contadores de Histórias, é algo que
nem chegava à minha mente”, declarou emocionado o pernambucano. Para ele, o reconhecimento vai além do âmbito pessoal: “Só
não venho eu, mas trago comigo as vozes que me contaram histórias
durante minha trajetória e tantas outras que encontro no meu fazer de
contador de histórias, de mediador de leitura, de alguém que trabalha em
biblioteca.” Idealizado
por Antônia Andréa Souza, superintendente de desenvolvimento social da
Agência de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo, o Prêmio Baobá
valoriza quem conta, escreve, edita e promove o acesso à leitura no
Brasil. “O
prêmio é para contadores de histórias, mediadores de leitura, editoras,
bibliotecas comunitárias, escritores, enfim, quem fortalece a arte
literonarrativa. Valorizar e reconhecer é necessário, e também abrir
mercado para o contador de histórias e dizer para o Brasil inteiro que
contar é preciso”, explicou. Em
sua nona edição, o Prêmio Baobá reuniu representantes de 14 estados
brasileiros e do Distrito Federal, celebrando as tradições orais e as
artes narrativas em um cenário inédito: o evento aconteceu a bordo do
Iate Borari, sobre o Rio Guamá, durante o entardecer amazônico. “Foi um
sonho nosso. Eu sonhava com um barco sobre um rio na orla de Belém do
Pará, às 17 horas, na hora do lusco-fusco”, contou Antônia. Com
patrocínio do Instituto Cultural A Letria e da Editora Letria, de Minas
Gerais, a premiação também reforça o papel social da oralidade e da
literatura no país. “É
a premiação máxima no Brasil aos contadores de histórias, mediadores de
leitura, escritores, todos que promovem, divulgam e fortalecem a
palavra oral e a escrita literária no nosso país”, destacou a equipe da
Letria. Para
Guga Bezerra, o momento foi ainda mais simbólico por acontecer na
região Norte, berço de tantas tradições culturais brasileiras. “Vim
para esta terra das encantarias, trazendo no peito o meu lugar, a
oralidade do meu povo, as belezas da minha amada ilha de Fernando de
Noronha, além da minha família, amigos e todos que cruzaram o meu
caminho. Aqui, ao fundo, já posso ouvir o carimbó e vivenciar as
riquezas da cultura amazônica. Está sendo um momento muito rico para
mim”, disse.
Por Salatiel Cícero