
Psicólogo e Mestre em Psicologia Vladimir Nascimento/Foto: Arquivo O Candeeiro
ARTIGO - EDUCAR OS FILHOS: UMA RESPONSABILIDADE AFETIVA = Por Vladimir Nascimento
A maior demonstração de amor que pais e mães podem ofertar aos filhos é uma boa educação. Através desse legado educacional, pais, educadores e responsáveis pelo público infantojuvenil contribuem para formar cidadãos íntegros e, automaticamente, uma sociedade mais justa, ética e benevolente.
Porém, pais não são proprietários dos filhos, apenas cuidam temporariamente de um cidadão que não pertence a eles, mas ao mundo. É como se a humanidade autorizasse e legitimasse o cuidado parental com esse ser humano, até que ele possa ter autonomia para ser o protagonista de sua própria vida.
Mas,
que tipo de cidadão deixaremos para o mundo? Estamos realmente assumindo nossa
responsabilidade como pais? Obviamente que nunca seremos pais perfeitos. Iremos
errar, decepcionar, sentiremos raiva, impotência, frustração, mas não podemos
nos apropriar desses rótulos. Somos muito mais do que defeitos. Sempre haverá
tempo para reanalisarmos nossas atitudes, especialmente quando envolve uma
função que é intransferível.
Precisamos assumir que não damos conta de tudo; não somos super-heróis; e nunca teremos uma fórmula mágica da educação para moldar uma criança perfeita. No entanto, nada disso é justificativa para terceirizar nossa responsabilidade afetiva sob o risco de obtermos inúmeros prejuízos educacionais ocasionados por essa ausência.
E uma das ferramentas mais importante na educação é ensinar crianças e adolescentes a tolerar as frustrações e lidar com as adversidades da vida. Elas podem até achar o sabor desse remédio educacional bem amargo, mas quando adultas irão agradecer-lhes profundamente por esses ensinamentos.
Vladimir de Souza Nascimento
Psicólogo, mestre em Psicologia (UFBA), autor do livro DIFERENÇAS e Palestrante.
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