 (1).jpg)
“Dinheiro não dá em árvore”: projeto ensina crianças a unir educação financeira e sustentabilidade
De acordo com pesquisas do SPC Brasil, 56% dos jovens da Geração Z compram por impulso, 47% não têm nenhum controle financeiro e 75% não se preparam para a aposentadoria. Com base nesses dados, o Colégio São Paulo, unidade Tempo de Criança, desenvolveu o projeto “Dinheiro não dá em árvore”, voltado para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A proposta integra dois pilares fundamentais para a vida em sociedade: educação financeira e sustentabilidade, mostrando que planejamento econômico e cuidado com o meio ambiente caminham lado a lado.
Esses números revelam que, sem orientação, muitos adolescentes e adultos enfrentam dificuldades para administrar suas finanças, um desafio que pode ser prevenido quando a educação financeira é inserida ainda na infância. Mais do que ensinar a somar, subtrair ou reconhecer moedas, o projeto busca desenvolver nas crianças a noção de que dinheiro é fruto de esforço, trabalho e planejamento, assim como os recursos naturais, que também precisam ser preservados. Para isso, os estudantes participam de uma série de atividades práticas e reflexivas, que vão desde feiras de trocas e oficinas de reaproveitamento até experiências de compra e venda simuladas em sala de aula.
“Essas vivências estimulam questionamentos essenciais para a formação de hábitos saudáveis. Queremos formar uma nova geração de cidadãos conscientes, capazes de planejar seus gastos, tomar decisões responsáveis e entender que o planeta também tem limites. Educar financeiramente é, ao mesmo tempo, educar para a sustentabilidade. Ao integrar economia e meio ambiente, o projeto mostra que educar é plantar sementes que florescem em escolhas mais responsáveis”, afirma Sônia Alban, pedagoga e coordenadora do Ensino Fundamental do Colégio São Paulo, unidade Tempo de Criança.
A metodologia do projeto é baseada na filosofia dos 5Rs da sustentabilidade. Repensar os hábitos de consumo e descarte (1), Recusar produtos que agridem o meio ambiente ou a saúde (2), Reduzir o consumo excessivo e desnecessário (3), Reutilizar objetos sempre que possível (4) e Reciclar materiais que podem ganhar uma nova utilidade (5). Cada etapa é pensada para que os estudantes percebam que atitudes simples do dia a dia, quando multiplicadas, geram um impacto positivo tanto no orçamento familiar quanto no meio ambiente.
Por Pietro Rana