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O economista-chefe do Banco do Nordeste, Rogério Sobreira, apresentou perspectivas e desafios para a economia baiana em 2026. Crédito: Thiago Virgílio Santos.
Banco do Nordeste apresenta orçamento do FNE para 2026 na Bahia
O Banco do Nordeste (BNB) reuniu ontem, 29, parceiros institucionais e representantes dos setores produtivos do estado para o planejamento orçamentário dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), na Bahia, para o próximo ano. O encontro, que foi realizado no auditório da Superintendência Estadual do BNB, em Salvador (BA), validou a proposta de alocação de R$ 11 bilhões para a economia baiana nos segmentos de infraestrutura, pecuária, comércio e serviços, agricultura, turismo, agroindústria, indústria e pessoa física.
O FNE, administrado pelo Banco do Nordeste, é a principal fonte de financiamento da instituição, criado pela constituição de 1988 e voltado a investimentos nos diversos segmentos econômicos da área de atuação do banco (Nordeste e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo).
Setores
Pela proposta, a agricultura ficou com a maior dotação de recursos (R$ 3,3 bilhões), seguido pela pecuária (R$ 2,5 bilhões), comércio e serviços (R$ 1,8 bilhão), infraestrutura (R$ 1,6 bilhão), indústria e agroindústria (R$ 1,2 bilhão), turismo (R$ 329,8 milhões) e pessoa física (R$ 52,3 milhões).
De acordo com o superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia, Pedro Lima Neto, a distribuição dos recursos se dá de forma equilibrada e baseada, principalmente, nas demandas já apresentadas pelos setores. “A construção colaborativa desse orçamento é um diferencial para as aplicações do Fundo Constitucional. São os parceiros institucionais e os setores que, ano a ano, têm ajudado o Banco do Nordeste a levar o desenvolvimento a cada vez mais baianos”, destaca.
O diretor financeiro e de crédito do Banco do Nordeste, Wanger Alencar, falou sobre a importância dos recursos do FNE para o desenvolvimento da região. "O Banco do Nordeste tem a responsabilidade de investir em todos os municípios da sua área de atuação. Nos últimos dois anos, foram mais de R$ 120 bilhões na economia da região, sendo mais de R$ 80 bilhões do Fundo Constitucional. O Banco tem realizado a aplicação eficaz, fazendo o dinheiro circular na economia e gerando ganhos para toda a sociedade”, pontua o executivo.
Parcerias
Durante o evento, o economista-chefe do Banco do Nordeste, Rogério Sobreira, apresentou as perspectivas para a economia regional e estadual e apontou que o desempenho do estado tem se destacado no contexto da região, apresentando perspectivas positivas para os próximos meses.
No painel FNE: Experiências transformadoras no estado da Bahia, Marcela Passos Lima, diretora financeira da Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento), Fábio Mascarenhas, diretor financeiro do Hospital Mater Dei, e Vitor Carvalho, diretor financeiro da Brix Empreendimentos Imobiliários, representaram os diferentes segmentos de clientes do BNB que contaram com o Fundo Constitucional para expansão dos negócios.
Diretrizes 2026
Durante o encontro, foram apresentadas as diretrizes para aplicação dos recursos, a exemplo de percentual mínimo de 62% em projetos dos portes considerados prioritários (microempreendedores urbanos e rurais, agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas e empresas de porte pequeno-médio).
Para 2026, o foco de aplicação dos recursos do FNE será voltado principalmente a projetos que promovam a agricultura familiar e a agroindústria; energias renováveis; indústria de transformação e inovação; infraestrutura; Novo PAC; serviços digitais e tecnológicos; saúde, educação e assistência social; turismo, cultura e economia criativa.
Essas políticas de aplicação do FNE são definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Fonte: BNB