A paternidade é uma jornada enriquecedora, mas repleta de imprevistos e situações que, muitas vezes, não se pode antever. A Legião da Boa Vontade (LBV), que acolhe milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social por meio de suas unidades escolares e socioassistenciais em todo o país, oferece o apoio necessário para que essa missão seja bem-sucedida. Mais do que prover ajuda material às famílias, a Instituição fortalece o caminho em favor da educação e do crescimento social e emocional delas.

 

Em alguns casos, esse percurso se torna ainda mais desafiador — como quando um pai precisa educar sozinho os filhos. Nesse sentido, Juraci Ramos da Silva, de Salvador/BA, há dois meses teve de reunir forças para recomeçar a vida após o falecimento da companheira, Talita da Conceição, mãe de seus três filhos, vítima de complicações causadas por um câncer de pele. “A partir desse momento, tive de fazer o papel de pai e mãe, eu não estava preparado para isso”, relata.

 

A Entidade, que já havia sido um ponto de equilíbrio na rotina da família ao receber os dois filhos mais novos na unidade do bairro do Ribeira, — no período inverso ao da escola, desde 2019 —, voltou a ser essencial nesse momento de dor. Juraci reorganizou sua rotina, alterando os horários de trabalho para estar mais presente na vida dos filhos adolescentes.

 

“Mais uma vez, contei com a LBV, como quando estive desempregado e ganhei esse ombro amigo, que foi até a casa para ver o que eu precisava e colocou os alimentos dentro da minha residência, e meus filhos não passaram necessidade. Agora, mesmo com tantas dificuldades, os profissionais da LBV mostraram um caminho, uma luz para a gente não cair em depressão. Eles me ensinaram muito. Só tenho a agradecer”, afirma Juraci, comovido.

 

A rede de apoio da LBV foi fundamental para preservar a saúde emocional da família, que aos poucos está se recompondo. Janderson, de 14 anos, e Kaio, de 12, participam do serviço Criança: Futuro no Presente! O filho mais velho, Tarcísio Viana, de 20, também foi atendido na mesma ação e hoje está empregado como jovem aprendiz em uma empresa.

 

Seja qual for a situação, a rede de Solidariedade da LBV representa uma mão estendida, uma verdadeira família para muitos que não a encontram nos laços consanguíneos. O pai agradece aos doadores da Instituição: “Pode doar de coração para a LBV, porque tem um destino certo, é tudo bem distribuído. Eu sou um desses que recebem essa ajuda. Só com o meu trabalho não conseguiria manter os meus filhos, porque só ganho um salário-mínimo. Graças à LBV, consegui seguir de cabeça erguida. É uma verdadeira mãe”.

 

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Por Danielle Mendes