
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou as vagas para cotas e as ações afirmativas, durante a coletiva de imprensa - Foto: Divulgação
Segunda edição do CPNU avança nas ações afirmativas, com inscrições a partir desta quarta-feira (2)
A segunda
edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como
Enem dos Concursos, apresenta avanços nas ações afirmativas. O Governo
Federal anunciou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 30 de
junho, que será aplicada a equiparação do percentual de mulheres que
passam para a segunda fase do certame, quando ele for menor que 50%.
Devido à
nova Lei de Cotas, a segunda edição do CPNU terá reserva de 30% do total
de vagas, sendo: 25% para pessoas pretas ou pardas, 3% para indígenas e
2% para quilombolas. Também será aplicada a reserva de 5% das vagas
para pessoas com deficiência, regulamentada em normativo próprio.
“No
resultado do CPNU 1, houve um percentual de mulheres aprovadas menor do
que o percentual de mulheres inscritas. Duas coisas importantes são
apontadas na literatura. Uma é a questão da dupla ou tripla jornada.
Lembrando que a média de idades aprovadas no CPNU 1 foi entre 35 e 45
anos, ou seja, são pessoas que em geral já estão no mercado de trabalho,
já têm filhos. E aí você exigir dessas pessoas, principalmente das
mulheres, conseguir se dedicar aos estudos específicos para aquela
prova, acaba que elas têm uma desigualdade com os homens”, destacou a
ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Conforme ela pontuou na coletiva, não se trata de uma reserva de vagas
para mulheres, como ocorre para pessoas negras, com deficiência,
indígenas e quilombolas.
Nesse sentido, em um cargo hipotético com 20 vagas, por exemplo, serão chamadas para a prova discursiva 9x o número de vagas: 180. Seriam 117 para ampla concorrência (65%) e 63 (35% para cotas). Se desses 117 de ampla concorrência, 65 forem homens e 52 mulheres, serão chamadas mais 13 mulheres, totalizando 65 homens e 65 mulheres. Conta semelhante será aplicada em cada cota, cargo e especialidade.
PRAZOS —
As inscrições para a segunda edição do CNPU abrem nesta quarta-feira, 2
de julho, e seguirão até 20 de julho. A previsão é que o edital do
certame seja publicado ainda nesta segunda, em edição extra do Diário
Oficial da União.
A taxa de
inscrição será de R$ 70 para todos os blocos. Terão isenção inscritos
no CadÚnico, doadores de medula óssea e formados que tiveram apoio do
Fies e Prouni. O prazo para solicitar isenção vai de quarta-feira (2)
até a terça-feira da próxima semana (8).
MAIS DE 3,6 MIL VAGAS —
O certame ofertará 3.652 vagas para 32 órgãos federais. As
oportunidades são para cargos de nível superior e médio, que serão
agrupados em nove blocos temáticos, permitindo que o candidato, com uma
única inscrição, concorra a diferentes cargos dentro de sua área de
preferência. Do total, 2.480 serão de provimento imediato (1.972 de
nível superior e 508 de nível intermediário) e 1.172 poderão ser
convocadas a curto prazo, após a homologação dos resultados.
DOIS DIAS DE PROVAS —
Outra novidade dessa segunda edição é a aplicação de provas (objetiva e
discursiva) em dois dias. As provas serão aplicadas em 228 cidades, em
todo o Brasil. No primeiro dia, previsto para 5 de outubro, serão
aplicadas as provas objetivas, para todos os candidatos e candidatas
inscritos. Já no segundo, previsto para 7 de dezembro, serão realizadas
as provas discursivas. Nessa etapa, realizarão as provas apenas os
candidatos habilitados na primeira fase e convocados para a segunda fase
do concurso.
BANCA
- A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi a banca escolhida para aplicar as
provas. A prova objetiva será composta de 90 questões de múltipla
escolha para nível superior (30 de conhecimentos gerais e 60 de
específicos). Já a prova para cargos de nível intermediário contará com
68 itens (20 de conhecimentos gerais e 48 de específicos). As provas
serão aplicadas no turno vespertino em horários diferentes, sendo: Nível
Superior: 13h às 18h (5h) e Nível Intermediário: 13h às 16h30 (3h30).
Já a prova discursiva para cargo de nível superior terá duas questões
discursivas e serão aplicadas das 13h às 16h. Enquanto a prova para os
cargos de nível intermediário contará com uma redação
dissertativa-argumentativa e poderão ser realizadas das 13h às 15h.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República