Durante o encontro com os jornalistas, Lula ressaltou os avanços políticos, econômicos e sociais alcançados pelo país ao longo de quase três anos. E destacou que os resultados superam as projeções feitas no início da gestão / Foto: Secom/PR
“A arte de governar é cuidar desse país”, destaca Lula ao fazer balanço das ações do Governo do Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, 18 de dezembro, os avanços políticos, econômicos e sociais alcançados pelo país ao longo de quase três anos. Ele destacou que os resultados superam as projeções feitas no início da gestão. “Nós ganhamos as eleições para governar o Brasil. E para governar o Brasil, a gente tinha que ter em mente que a arte de governar é cuidar desse país e cuidar do povo brasileiro. E foi isso o que aconteceu”, afirmou o presidente Lula.
"Nós estamos no menor nível de pobreza da história do país. Nós tiramos o país da segunda vez do Mapa da Fome. Nós estamos, pela primeira vez, fazendo com que um processo de inovação crie uma nova indústria nesse país. Em todas as áreas que nós atuamos, a gente conseguiu, se não o sucesso pleno que a gente queria, a proeza de fazer com que o Brasil tivesse uma participação exitosa”
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
Ao fazer um balanço do período, Lula afirmou que o país voltou a crescer acima de 3%, registrou a menor inflação acumulada dos últimos quatro anos, alcançou o menor nível de desemprego da história e apresentou recorde na massa salarial. Desde 2023, 4,9 milhões de empregos formais foram gerados e o desemprego chegou ao menor índice dos últimos 13 anos. “Nós estamos no menor nível de pobreza da história do país. Nós tiramos o país da segunda vez do Mapa da Fome. Nós estamos, pela primeira vez, fazendo com que um processo de inovação crie uma nova indústria nesse país”, disse o presidente. “Em todas as áreas que nós atuamos, a gente conseguiu, se não o sucesso pleno que a gente queria, a proeza de fazer com que o Brasil tivesse uma participação exitosa”, declarou.
REDUÇÃO DA POBREZA — O presidente também destacou o fortalecimento da economia real, com estímulo ao consumo, à geração de empregos e à circulação de renda. “O dinheiro circulando vai para o comércio, do comércio ele vai para a indústria, da indústria ele gera um emprego, o emprego gera um salário, o salário gera mais um consumidor e assim a economia começa a funcionar. Esse é o resultado milagroso desse país”, disse.
Para o presidente, a construção de um país mais justo passa pela ampliação da circulação de renda. “Muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, pobreza, desnutrição, esquecimento de uma parte da sociedade. Ao passo que pouco dinheiro na mão de muitos significa exatamente o contrário. Essa é a tese pela qual a gente acha que um país pode dar certo, é fazer com que o dinheiro possa circular na mão de todas as pessoas”, declarou Lula.
ARTICULAÇÃO — No campo político, o presidente enfatizou a capacidade de governança e articulação do Executivo com o Congresso Nacional. Ele ressaltou a aprovação de cerca de 99% da agenda econômica enviada ao Legislativo, com destaque para a reforma tributária, considerada histórica. “É tudo à luz do dia e tudo conversado com o Congresso Nacional. Acho que o Congresso Nacional nunca teve tanta reunião com ministros brasileiros, sobretudo com o ministro da Fazenda [Fernando Haddad], como tem agora para aprovar as coisas”, afirmou Lula.
NOVO PAC — Lula também destacou os investimentos em infraestrutura por meio do Novo PAC, que já transformou grande parte dos recursos previstos em obras concluídas, em andamento ou contratadas. “Em agosto de 2025 fez dois anos [do lançamento do Novo PAC]. Em dezembro são dois anos e quatro meses e nós já utilizamos praticamente 79% desse R$ 1 trilhão e 800 bilhões”, disse Lula.
Atualmente, são 34,8 mil empreendimentos e previsão de investimento de R$ 1,8 trilhão até 2030 nas áreas de saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. “Já conseguimos transformar em obras contratadas, licitadas, acabadas, em obras em andamento, numa demonstração da fluência e da competência das pessoas que também dirigiram a construção, a implementação e a execução do PAC”, prosseguiu.
ISENÇÃO NO IMPOSTO DE RENDA — O presidente ressaltou a política tributária, com Imposto de Renda zero para quem recebe até R$ 5 mil. “Esse país vai ter uma política tributária mais equilibrada, em que não será apenas a classe média, a classe trabalhadora e os que ganham menos que pagam imposto de renda, que está mais ou menos repartido entre a sociedade o pagamento dos tributos nesse país”, registrou.
INTERNACIONAL — Na agenda internacional, Lula celebrou o retorno do Brasil ao protagonismo global, com atuação ativa em fóruns multilaterais e fortalecimento das relações diplomáticas. Além disso, mencionou o aumento recorde das exportações brasileiras. “Estou feliz com a nossa política externa. O Brasil virou personalidade mundial. O Brasil hoje é respeitado em todos os fóruns mundiais”, enfatizou. “Nós estamos batendo o recorde de produção agrícola e o recorde de fluxo no comércio exterior. Somos o segundo país em recebimento de investimento direto”, disse, em seu discurso.
COP30 — Ele ainda citou o sucesso da realização da COP30 em Belém e a liderança brasileira na transição energética, com uma das matrizes mais limpas do mundo. “A gente conseguiu colocar a Amazônia no cenário mundial como conseguimos colocar em dois meses no mundo inteiro. E o povo do norte do país mostrou ao mundo a exuberância dos nossos rios, das nossas florestas e a nossa capacidade de articulação”, registrou.
JORNADA 6X1 — Sobre a escala de trabalho 6x1, o presidente afirmou que o Brasil reúne hoje as condições econômicas e sociais para avançar nesse debate. “Por que não reduz a jornada de trabalho? Para o trabalhador ficar mais tempo em casa, cuidar melhor da família, estudar um pouco mais. Eu acho que o comércio está preparado, a indústria está preparada e os avanços tecnológicos permitem que a gente faça a redução da jornada de trabalho”, ressaltou o presidente.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
