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A Alma da Bahia Ecoa no Largo do Cruzeiro de São Francisco
O mês de julho segue vibrando em sintonia com os sons que compõem a identidade cultural da Bahia. No coração do Pelourinho, o Largo do Cruzeiro de São Francisco mais uma vez se transforma em palco de encontros musicais marcantes, dando continuidade a uma programação que reafirma o valor da música como expressão de memória, afeto, resistência e celebração.
De segunda a sábado, o Palco do Cruzeiro acolhe artistas que traduzem, em suas trajetórias e repertórios, a riqueza e a diversidade da cena musical baiana. O evento mantém sua proposta de ser um espaço democrático e acolhedor, com couvert artístico simbólico de R$ 10,00, convidando o público a vivenciar a arte em um dos cenários mais emblemáticos de Salvador.
Além da experiência musical, o público pode saborear a gastronomia dos restaurantes parceiros — Boteco do Pelô, Cuco Bistrô e Odoyá — que completam a noite com pratos e petiscos repletos de sabor e identidade.
Confira a programação da semana:
Terça-feira (22/07) – Duda Rodrigues
Com sua presença de palco que equilibra delicadeza e força, Duda Rodrigues convida o público a mais uma noite de escuta sensível e transformadora. A cantora e compositora soteropolitana, representante da nova geração da música baiana, transita com fluidez entre MPB contemporânea, folk e pop nacional. Suas canções, que abordam temas como amor, liberdade, autoconhecimento e resistência feminina, criam um ambiente íntimo e potente, onde cada acorde e palavra reverberam em emoção.
Quarta-feira (23/07) – Aldir Floquet
Na quarta-feira, o palco recebe a musicalidade singular de Aldir Floquet, gaitista e compositor soteropolitano com trajetória iniciada nos anos 2000 através do blues. Ao longo dos anos, Aldir expandiu sua linguagem musical, explorando a fusão da gaita com diferentes ritmos, especialmente os afro-brasileiros. Um marco em sua carreira foi o show "Dari Ayó – Cantando com Alegria", em 2005, no Teatro Gregório de Matos, ao lado de Rosa Amélia e Carlos Andrade, interpretando composições de Vinicius de Moraes e Baden Powell. Documentado pela TVE, esse espetáculo consolidou a proposta artística de Aldir: unir tradição e inventividade. No Palco do Cruzeiro, ele apresenta uma performance visceral e cheia de nuances, onde cada nota evoca memória, identidade e liberdade criativa.
Quinta-feira (24/07) – Elpídio Bastos
Referência da música instrumental na Bahia, Elpídio Bastos traz para o Palco do Cruzeiro a delicadeza e a sofisticação de seus arranjos. Dominando com maestria instrumentos como o violão, o cavaquinho e o bandolim, o músico oferece ao público um repertório que passeia com elegância entre o choro, o samba tradicional e o jazz. Suas apresentações são um convite à contemplação, revelando a beleza da música em sua forma mais pura e sensível. Uma noite de virtuosismo, afeto e improviso.
Sexta-feira (25/07) – Duda Rodrigues
Duda retorna ao palco nesta sexta-feira com um novo repertório, reafirmando sua versatilidade e profundidade artística. Com uma performance intimista e poética, a cantora apresenta composições que exploram outras nuances de sua voz e escrita, promovendo um espetáculo que transita entre a introspecção e a potência poética. É mais uma oportunidade de acompanhar a maturidade de uma das artistas mais promissoras da cena baiana atual.
Sábado (26/07) – Cid Rocha
Encerrando a semana em clima de celebração, Cid Rocha sobe ao palco com sua energia contagiante e seu estilo vibrante. Cantor, compositor e performer, Cid promove uma fusão de pop baiano, axé e música eletrônica, transformando o Largo do Cruzeiro em uma verdadeira festa ao ar livre. Com repertório que reúne músicas autorais e releituras dançantes da música brasileira, seu show é uma explosão de ritmo, presença e alegria. Um encerramento à altura da potência musical vivida ao longo da semana.
Serviço
Local: Largo do Cruzeiro de São Francisco – Pelourinho, Salvador – BA
Datas: De segunda (21/07) a sábado (26/07)
Horário: A partir das 18h30
Entrada: R$ 10,00 (couvert artístico simbólico)
Gastronomia: Boteco do Pelô, Cuco Bistrô e Odoyá
Por Eric Delgoffe