
Foto: Divulgação/Arquivo O Candeeiro
Safra de grãos na Bahia tem 4,1% de projeção de crescimento em 2025/26 em comparação com 24/25
A Bahia tem projeção de crescimento da safra
de grãos de 2024/2025 para 2025/2026. De acordo com o primeiro
levantamento do novo período, divulgado nesta terça (14), pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa de crescimento no
estado é de 4,1%. O avanço potencial prevê que o estado saia de 14,01
milhões de toneladas em 24/25 para 14,57 milhões de toneladas em 25/26.
As projeções indicam aumento de 5,6%
na área destinada à produção de grãos na Bahia, de 3,94 milhões de
hectares em 24/25 para 4,16 milhões de hectares em 25/26. No
detalhamento por tipo de produto, destaca-se no estado baiano o
crescimento da safra no cultivo de feijão, que tem projeção de
crescimento de 17,9%, passando de 290,9 mil toneladas em 24/25 para 343
mil toneladas em 25/26.
NACIONAL – O primeiro
levantamento da safra de grãos 2025/26 da Conab indica novo ciclo de
crescimento para a agricultura nacional. A produção total está estimada
em 354,7 milhões de toneladas de grãos, aumento de 0,8% em relação ao
volume colhido no ciclo anterior, que foi o maior da série histórica, com 350,2 milhões de toneladas. A área a ser semeada também deve crescer 3,3%, e chegar a 84,4 milhões de hectares.
SOJA – De acordo com o
levantamento, a soja segue como principal cultura do país, com
estimativa de colheita de 177,6 milhões de toneladas, alta de 3,6% na
área plantada e incremento sobre as 171,5 milhões de toneladas do ciclo
2024/25. As chuvas de setembro favoreceram o início do plantio, com
11,1% da área já semeada até o momento da pesquisa. Os maiores estados
produtores, Mato Grosso e Paraná, nos primeiros 10 dias de outubro,
registravam 18,9% e 31%, respectivamente, da área semeada.
MILHO – O milho também deve
registrar expansão. A área total pode alcançar 22,7 milhões de
hectares, resultando em 138,6 milhões de toneladas nas três safras do
grão. Apenas na primeira, o crescimento da área é estimado em 6,1%, com
previsão de 25,6 milhões de toneladas colhidas. No Rio Grande do Sul,
onde a semeadura tem início a partir do fim de agosto, em 11 de outubro
já havia 83% da área semeada, 84% no Paraná e 72% em Santa Catarina. No
Centro-Oeste e demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
ARROZ – Para o arroz,
a Conab projeta redução de 5,6% na área cultivada, com produção
estimada em 11,5 milhões de toneladas. Na região Sul, principal
produtora, a fase é de preparo do solo e do plantio. No feijão, a
tendência é de estabilidade, com 3 milhões de toneladas esperadas,
somando as três safras. A área da primeira safra do grão deverá ter
redução de 7,5% em comparação com o primeiro ciclo de 2024/25, com
previsão de plantio em 840,4 mil hectares. A semeadura foi iniciada no
Sudeste, com 100% da área semeada em São Paulo, e em andamento nos
demais estados. Na Bahia, terceiro maior produtor da leguminosa, e nos
demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
INVERNO – Entre as
culturas de inverno, o trigo deve atingir 7,7 milhões de toneladas,
queda de 2,4% em relação à safra anterior, reflexo da diminuição de
19,9% na área cultivada devido a condições climáticas menos favoráveis.
EXPORTAÇÕES — As
projeções da Conab apontam aumento nas exportações de milho, que devem
passar de 40 milhões para 46,5 milhões de toneladas em 2025/26. O
consumo interno também deve crescer, de 90,5 milhões para 94,5 milhões
de toneladas, impulsionado pela demanda do setor de etanol.
No caso da soja, o Brasil deve manter a
liderança mundial nas exportações, com previsão de exportações
superiores a 112 milhões de toneladas. O processamento interno também
tende a crescer, podendo alcançar 59,56 milhões de toneladas em 2026,
impulsionado pelo aumento da mistura de biodiesel e da alta demanda por
proteína vegetal.
Mesmo com menor área plantada, o arroz deve apresentar boa oferta interna e expansão nas exportações, que podem chegar a 2,1 milhões de toneladas, frente a 1,6 milhão no ciclo anterior. Já as importações e o consumo no mercado doméstico deverão permanecer estáveis, em torno de 1,4 milhão de toneladas e 11 milhões de toneladas respectivamente.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República