
Ministro comentou dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), do IBGE - Foto: Vitor Vasconcelos/Secom-PR
Wellington Dias sobre avanços no combate à fome e à pobreza: “Objetivo é que nunca mais a fome volte ao mapa do Brasil”
Entrevistado desta quarta-feira, 15 de
outubro, do Bom Dia, Ministro, o titular da pasta de Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, detalhou
ações do Governo do Brasil que contribuíram para a redução da
insegurança alimentar no país. Ele comentou os dados da Escala
Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), do IBGE, divulgados na
última sexta, que mostraram que o índice de pessoas em insegurança
alimentar grave registrou o menor patamar da história. Dias citou ainda a
saída do Mapa da Fome, da ONU, anunciado em julho, como outro retrato
de que os avanços do país no tema são consistentes.
A EBIA, aplicada na Pesquisa Nacional
de Amostra por Domicílios Contínua (PNADc) do 4º trimestre de 2024,
indica que a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu
de 4,1 para 3,2% em um ano, com redução em todas as regiões do país,
tanto em áreas urbanas quanto rurais. Em termos absolutos, mais de dois
milhões de pessoas saíram da condição de fome em apenas um ano. “O
objetivo é que nunca mais a fome volte ao mapa do Brasil por meio de
políticas sólidas e permanentes”, afirmou Dias.
O objetivo é que nunca mais a fome volte ao mapa do Brasil por meio de políticas sólidas e permanentes"
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
OLHAR ATENTO –
Segundo o ministro, o Governo atua de forma articulada, com políticas
sociais e cruzamento de dados com a rede de saúde, pesquisas
domiciliares e levantamentos do sistema de segurança alimentar. Com
isso, quando há indicador de um lar com integrante em situação de
desnutrição, instaura-se uma diligência para saber se essa condição é
por falta de alimento, de renda para comprar alimento ou um problema de
saúde.
SÓ SAI PARA CIMA – A
estratégia funciona de forma articulada com o Bolsa Família, o Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA), o Benefício de Prestação Continuada e
investimentos em acesso à água e assistência social. “Se é falta de
alimento, de renda, coloca-se no Cadastro Único e passa a contemplar com
o Bolsa Família ou o BPC. No novo Bolsa Família, se uma pessoa entra
uma vez, só sai para cima, para o emprego, para o pequeno negócio, para
uma renda de trabalho. E, quando perde a renda, não volta mais para a
fome, volta para o benefício. O desafio maior é localizar quem ainda não
localizamos”, declarou o ministro.
BUSCA ATIVA —
Wellington Dias apresentou informações sobre como o MDS tem agido para
garantir que o programa de transferência de renda chegue a quem
efetivamente precisa. “Estamos trabalhando com o que a gente chama de
busca ativa em todos os municípios do Brasil, com entidades, igrejas,
empresas, escolas, rede de saúde, enfim. Estou otimista e acho que, em
2025, vamos obter resultados ainda melhores”, projetou.
MAPA DA FOME — O
ministro Wellington Dias abordou ainda o reconhecimento internacional de
que o Brasil está novamente fora do Mapa da Fome, resultado de
políticas de valorização da renda, fortalecimento da agricultura
familiar e ampliação de programas de segurança alimentar. O feito
simboliza a reconstrução de políticas voltadas ao combate à fome e à
pobreza extrema.
ALIANÇA GLOBAL — Dias
também apresentou os avanços da Aliança Global Contra a Fome e a
Pobreza, que já reúne 201 integrantes e tem metas ambiciosas até 2030:
alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda e
garantir alimentação escolar de qualidade a mais 150 milhões de
crianças. Lançada em 2024, durante a presidência brasileira do G20, a
iniciativa reúne programas e políticas reconhecidas mundialmente para
ajudar a reduzir a fome em vários cantos do planeta.
SOLUÇÃO – “O
presidente Lula lançou um desafio: Não tem solução para a fome e a
pobreza se os mais ricos não ajudarem. Os 46 países mais ricos do mundo,
mais desenvolvidos, estão ajudando os países em desenvolvimento. A
ideia é garantir que a gente tenha um plano completo. Uns ajudam com
conhecimento, outros com recursos financeiros ou financiamentos em
condições mais adequadas”, declarou.
PLANOS NACIONAIS – O
ministro esteve em Roma, na sede da Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), acompanhando o presidente Lula, na
segunda reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global. Lá, trataram
de planos nacionais de combate à fome em países da África, Caribe e
América Latina, e da inauguração do escritório do Mecanismo de Suporte
da Aliança Global, que funcionará como secretariado da iniciativa. “Há o
cuidado de chegarmos a mais 150 milhões de crianças com alimentação
escolar e cerca de 250 milhões de mulheres e crianças com políticas
relacionadas à saúde, desde vacina, água, enfim. Aprovamos mais um
conjunto de países com os quais nós vamos trabalhar os planos com total
soberania por parte dos países. O Brasil melhora, mas a gente quer
trabalhar para o mundo também superar a fome e a pobreza”, disse.
QUEM PARTICIPOU — O “Bom Dia, Ministro” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Participaram do programa desta quarta-feira a Rádio Hora (Campo Grande/MS), Rádio Nacional EBC (Rio de Janeiro/RJ), Rádio Clube News (Teresina/PI), Rádio 91 FM (Bariri/SP), Portal Mundo Bahia (Salvador/BA), Rádio Executiva (Goiânia/GO), Portal News Rondônia (Porto Velho/RO) e Rádio CBN (João Pessoa/PB).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República