
GWM Hydrogen Truck ao lado de equipamento do IPT para produção de hidrogênio / Foto: Divulgação
Hidrogênio avança em SP
Hidrogênio é um vetor energético eficiente para a transição em uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa. Pode substituir combustíveis fósseis com eficiência e de maneira limpa. Sua produção pode envolver processos que utilizam exclusivamente energia renovável ou também com baixa emissão, por exemplo, a partir do aproveitamento de resíduos. Este gás pode contribuir como combustível em transportes e em diversas indústrias, tais como cimenteiras, siderurgia, cerâmica e vidro, química e também na produção de outros combustíveis, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação, na sigla em inglês). Veículos a hidrogênio estiveram expostos na inauguração: GWM Hydrogen Truck, Toyota Mirai e Hyundai Nexo.
Para Anderson Correia, diretor-presidente do IPT, o hidrogênio é vantajoso tanto em usos de mobilidade quanto em processos de aquecimento na indústria, a exemplo da cerâmica e de metais. “Foi um investimento da ordem de 50 milhões de reais na construção do laboratório e Centro de Energias do Futuro, com recursos do Governo do Estado de São Paulo, por meio de suas secretarias e agências, Fapesp, Finep e parcerias da USP, indústria e Alemanha.”
Para João Carlos Cordeiro, diretor da unidade de negócios Energia do IPT, ousadia é a alma do negócio. “Não dá para ser menos ousado se queremos conquistas importantes para nossa pesquisa e sociedade. Temos uma estrutura ímpar para produção, compressão, armazenamento e fornecimento de hidrogênio com segurança. Todo o laboratório e cada um dos seus componentes estará disponível para apoiar a indústria nacional, a cadeia do hidrogênio e a sociedade.”
Carlos Graef, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, destacou o desafio da muda mudança da matriz fóssil para a fotovoltaica, a eólica, e tendo o hidrogênio como “certamente a melhor alternativa entre as energias do futuro”. Para Marisa Maia, subsecretária de Energia e Mineração da Semil, a transição energética em São Paulo contempla o hidrogênio e é vitrine para a indústria e o setor de transportes. “Buscamos a neutralidade de carbono no horizonte de 2050.”
Stephanie da Costa, secretária-executiva da SCTI e presidente do Conselho de Administração do IPT, chamou a atenção para o desafio global da descarbonização. “O hidrogênio de baixo carbono é uma resposta eficaz.” Humberto de Alencar, secretário-adjunto de Inovação, C&T da Prefeitura de São Paulo, reafirmou o compromisso de parceria com baixo carbono na frota de ônibus elétricos. “Buscamos combustíveis sustentáveis e o hidrogênio desponta como alternativa relevante.”
Felício Ramuth, vice-governador do Estado de São Paulo, enfatizou o ‘Plano Estadual de Energia 2050’. “Nascemos dependentes, crescemos e viramos interdependentes na construção de políticas públicas e inovação estreitando parcerias entre empresas, entidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica”, pontuou.
Por João Garcia