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Projeto de André Fraga garante primeira Área de Proteção ao Ciclista em Salvador
O
mandato do vereador André Fraga (PV) alcançou mais um marco relevante
em defesa do esporte em Salvador. Resultado de um projeto de sua
autoria, a Lei nº 9.709/2023 institui as Áreas de Proteção ao Ciclista
de Competição (APCCs) e será aplicada a partir do dia 2 de setembro. A
Avenida Magalhães Neto será a primeira via com fechamento controlado às
terças e quintas-feiras, das 4h às 5h30, garantindo segurança e
condições adequadas para os treinos de alto rendimento. Segundo o parlamentar, a iniciativa atende a uma demanda histórica dos atletas da cidade. “Depois
de muito diálogo, conseguimos aprovar essa lei histórica, que vai
garantir mais segurança e condições adequadas para quem treina em
Salvador. É uma vitória para os ciclistas e para a cidade, que ganha uma
política pública de baixo custo e alto impacto”, destaca Fraga. A
regulamentação da Lei foi fruto de uma mobilização no Ministério
Público, por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente e Habitação e
Urbanismo da Capital, conduzida pelo promotor Heron José de Santana
Gordilho. A iniciativa contou ainda com a colaboração da Secretaria
Municipal de Mobilidade (SEMOB) e da Superintendência de Trânsito de
Salvador (Transalvador), tanto na definição da área onde a primeira APCC
será implantada quanto na manutenção semanal do fechamento da via. Com
a medida, Salvador terá sua primeira Área de Proteção ao Ciclista de
Competição, seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, que já adota políticas
semelhantes. “A
criação dessas áreas ajudará a evitar acidentes, protegendo quem treina
nas ruas e reforçando o compromisso do mandato com o esporte, a
mobilidade sustentável e a preservação da vida”, afirma o vereador. As
audiências públicas que antecederam a implementação das APCCs tiveram a
participação de diversas entidades e associações, como a Aprogeo-BA
(Associação Profissional dos Geógrafos da Bahia), a Federação Baiana de
Ciclismo, a Federação Baiana de Triathlon, a União de Ciclistas do
Brasil e o coletivo Pedal Corda do Caranguejo, que contribuíram com o
debate e reforçaram a relevância da iniciativa para os ciclistas da
cidade. Área regulamentada A
medida prevê a implantação de circuitos com pelo menos 1,5 km linear em
cada sentido, totalizando 3 km por volta. Cada Prefeitura-Bairro poderá
dispor de até duas áreas, sempre nos horários estabelecidos e com baixo
fluxo de veículos, reduzindo riscos de acidentes e ampliando a
segurança para quem treina. Além disso, o Poder Executivo deverá
promover campanhas de conscientização com motoristas e definir regras de
fiscalização, valores de multas e demais medidas de segurança no
trânsito. Atualmente,
não existem áreas específicas para treinos desse tipo em Salvador, e
mesmo atletas amadores encontram limitações, pois não podem utilizar
ciclovias onde as velocidades ultrapassam 50 km/h, tornando a prática
insegura. Nas APCCs, o ciclista consegue percorrer de 60 a 70 km em
apenas uma hora e meia de treino, enquanto os ultraciclistas podem
atingir entre 180 e 200 km. É
importante ressaltar que a destinação do espaço para as APCCs
corresponde ao Art. 58 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, do
Código de Trânsito Brasileiro, que garante um ambiente regulamentado
para a prática do ciclismo. Por Bárbara Portela