Foto: Milena Andrade
Tendas das Flores e do Artesanato são destaques da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária
A 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que segue até domingo (14), no Parque Costa Azul, em Salvador, tem atraído milhares de visitantes em busca de produtos originais, cultura e experiências diversas. Entre os espaços mais procurados estão a Tenda do Artesanato e a Tenda das Flores, que, juntas, evidenciam a criatividade, a identidade cultural e a riqueza produtiva da agricultura familiar baiana.
Entre os espaços que mais encantam o público está a Tenda das Flores Bahia, que reúne produtores de Maracás, Morro do Chapéu e Miguel Calmon. O espaço apresenta uma variedade de espécies ornamentais e tem atraído visitantes interessados em jardinagem, decoração e paisagismo.
Arlete Costa da Silva, produtora de Morro do Chapéu, celebra o reconhecimento. “A Bahia é um estado vasto e rico em cultura, e muitos ainda não conhecem nossos produtos. Ao trazer as flores, não apresentamos apenas um item para venda, mas compartilhamos nossa história, nossa experiência e a beleza que elas representam. Esse espaço é uma oportunidade valiosa para todos nós.”
Além de ser um ponto de encanto visual, a Tenda das Flores reforça o potencial da agricultura familiar na produção de ornamentais, setor em expansão na Bahia.
Tenda do Artesanato: tradição, criatividade e impacto social
A Tenda do Artesanato reúne produções de diversos territórios da Bahia. As peças feitas à mão valorizam identidade, sustentabilidade e inovação, tornando o espaço uma parada obrigatória.
O Território Vale do Jiquiriçá marca presença com números inéditos: todos os municípios da região estão representados, totalizando 865 produtos de 170 empreendimentos.
“Mais de 90% dos negócios são liderados por mulheres negras, o que reforça o impacto social e econômico da nossa participação”, destaca Daniel Oliveira, representante do Território.
Entre os itens expostos há peças em madeira, brinquedos, artigos em couro, bolsas e utensílios feitos com palhas de licuri e banana, crochê, sabonetes e cosméticos artesanais, móveis sustentáveis produzidos com pneus reciclados e vassouras de piaçava, PET e licuri.
Outro trabalho que tem chamado a atenção é o da artesã Maria Regina Soares, dos territórios de Itaparica e Paulo Afonso, criadora do projeto Ecotilápia, que transforma peles de tilápia descartadas em bolsas, carteiras, acessórios e objetos decorativos. “A Feira amplia nossa visibilidade e mostra ao público o potencial de transformar resíduos em renda e design”, afirma Maria Regina.
A Tenda também abriga o artista autodidata Xavier Doce de Algaroba, de Guanambi, que desenvolve suas próprias tintas, técnica em processo de registro internacional. Suas obras retratam biomas brasileiros e latino-americanos e acompanham a divulgação do doce de algaroba Kukipá, já apresentado em grandes capitais internacionais.
Sobre a Feira
Realizada pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Unicafes Bahia, a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reúne mais de seis mil produtos dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.?O evento conta ainda com atrações musicais, duas praças gastronômicas, Tenda Quilombola, Tenda Indígena, Tenda do Artesanato, Tenda das Flores, a 3ª Feira Agroecológica da Bahia e atividades formativas.
Funcionamento
Sexta a domingo: 10h às 22h
Parque Costa Azul – Salvador
Por Silvia Costa
