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Força feminina ocupa 46% dos cargos de alta gestão nas empresas, revela estudo da KPMG
Conciliar o topo do mercado de trabalho com os desafios do lar e da maternidade, tornou-se um reflexo das mulheres da Geração X. Mais experientes e maduras, elas têm mostrado uma capacidade ímpar de equilibrar responsabilidades profissionais e pessoais, administrando os “conflitos geracionais” entre equipes e filhos.
Apesar dos obstáculos, o protagonismo feminino conquistou 46% dos cargos de alta gestão (C-Level) nas corporações, segundo a Global Female Leaders Outlook 2025, pesquisa realizada pela KPMG. O relatório mundial reuniu 475 líderes mulheres, de 46 países distintos, com destaque para o Brasil, Estados Unidos e Portugal.
Dentre as entrevistadas, pelo menos 74% delas tiveram que conciliar a maternidade com o ambiente profissional. Essa jornada dupla desafiou as profissionais sêniores (50+) a superar obstáculos no ambiente de trabalho e na vida familiar, enquanto galgavam degraus pelos seus direitos nas big corps.
Com a saída dos boomers do mercado, o perfil da executiva moderna e mãe acabou refletindo diretamente na GenX. Esse é o caso de Lília Lopes, 51, atual Diretora de Publicidade na Prefeitura Municipal de Salvador (PMS), que tem acompanhado a evolução das políticas corporativas; cada vez mais focadas em valorizar a diversidade de perfis nas lideranças.
“Nossa geração (GenX) testemunhou o surgimento de novas possibilidades para desafios que, por décadas, pareciam sem solução; agravados pela invisibilidade da mulher como líder natural nos negócios. No entanto, foi justamente essa força feminina que pavimentou o caminho para muitas das conquistas que hoje consideramos garantidas, como a busca por uma maior igualdade de oportunidades no ambiente corporativo”, explica.
Para a profissional sênior, as mulheres 50+ se tornaram modelos de resiliência, moldando um estilo de liderança que integra técnica, empatia, gestão de crises e visão estratégica. Com 33% delas acumulando mais de 20 anos de experiência em gestão, a força feminina veterana tem administrado com eficácia os conflitos geracionais, tornando-se uma fonte valiosa de lucro para as empresas.
“Hoje em dia, com as gerações mais jovens questionando o custo do sucesso profissional, as mulheres da Geração X se mantiveram como fonte de inspiração. Elas são as que, muitas vezes, trouxeram o debate sobre a conciliação de papéis familiares e profissionais à tona, forçando as organizações a repensar políticas de trabalho flexível, licença parental e suporte à saúde mental”, revela.
Com as mudanças geracionais batendo na porta, Lília observa que esse é o momento da Genx ser o principal exemplo corporativo de transformação, liderança e adaptação no mercado de trabalho; levando para as organizações resultados reais de equipes e desafios diversos.
“Nosso papel enquanto mulheres da Geração X, é garantir que as gerações mais jovens, como as Millenials e GenZ, possam prosperar em um mercado mais inclusivo e igualitário, mesmo diante dos desafios. A presença e a liderança das mulheres da nossa geração se tornam ainda mais essenciais para a estabilidade e a transformação das organizações, criando um caminho onde o talento é reconhecido, independentemente dos desafios pessoais que enfrentamos ao longo da jornada”, conclui
Por Anna Vilarina
