Foto: Gustavo Aguiar
Reitores brasileiros mergulham na era da inteligência artificial no Vale do Silício
Uma comitiva formada por 60 reitores e gestores de instituições de ensino superior brasileiras participa, entre 17 e 26 de outubro, da 7ª Delegação Internacional da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), uma imersão no Vale do Silício (EUA) voltada à inovação acadêmica e ao uso de inteligência artificial (IA) na educação.
Batizada de Silicon Valley Experience, a missão passou por universidades e empresas que definem o futuro da aprendizagem, entre elas Stanford University, Google, Microsoft, Amazon Web Services (AWS), University of San Francisco, University of the Pacific, Minerva Project e San Francisco State University.
Em Palo Alto, os participantes foram recebidos pelo Google for Education e pela Microsoft Education, que apresentaram ferramentas baseadas em IA generativa, como o Gemini e o Copilot, capazes de automatizar tarefas pedagógicas, criar conteúdos personalizados e apoiar a pesquisa acadêmica. Na AWS, a comitiva conheceu a plataforma Bedrock, que permite integrar diferentes modelos de IA com segurança e economia, além de projetos voltados à inclusão digital e à gestão educacional, como o “Pé de Meia” e o “Tela Brasil”.
A programação também incluiu encontros com pesquisadores e gestores em universidades de ponta. Na Stanford University School of Medicine, os brasileiros conheceram experiências em medicina personalizada e análise de dados, enquanto no Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil, debateram formação de lideranças e empreendedorismo educacional.
“Encerramos esta missão com a certeza de que a educação e a inovação caminham juntas. O que vimos aqui em Stanford e em todo o Vale do Silício reforça que o conhecimento, quando aliado à tecnologia e à colaboração, é capaz de transformar vidas, instituições e países”, afirmou o diretor-presidente da ABMES, Janguiê Diniz.
Reunindo instituições que somam mais de 1,2 milhão de estudantes, cerca de 15% das matrículas do ensino superior privado do país, a iniciativa consolida a ABMES Internacional como uma das mais relevantes plataformas de cooperação acadêmica e tecnológica da América Latina, ampliando o protagonismo do ensino superior brasileiro na transformação global da educação.
Por Mirella Ribeiro
