.jpeg)
Foto: Divulgação
FIEB critica decisão do Copom, que manteve a Selic em 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantém em 15% a taxa SELIC. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) emitiu nota técnica em que critica a manutenção da taxa. De acordo com a FIEB, a medida “desconsidera sinais claros de desaceleração inflacionária e impõe uma barreira brutal ao crescimento da economia brasileira”. Leia abaixo a nota na íntegra:
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 15% ao ano carece de justificativa. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) discorda dessa decisão, que desconsidera sinais claros de desaceleração inflacionária e impõe uma barreira brutal ao crescimento da economia brasileira — especialmente da indústria, já sufocada por custos crescentes e crédito caro.
Com inflação acumulada de 5,13% em 12 meses e em trajetória de queda, a manutenção de uma taxa real de quase 10% ao ano — uma das mais altas do mundo — não se sustenta em nenhuma ótica racional. O Banco Central, ao insistir em uma política monetária contracionista, contribui para o desaquecimento da atividade e retração dos investimentos produtivos.
A comparação internacional reforça o anacronismo da política monetária brasileira. O Federal Reserve (EUA) reduziu os juros em 0,25 ponto percentual e agora opera com taxas entre 4,00% e 4,25%. O Banco Central Europeu mantém os juros em 2,15%. Enquanto isso, o Brasil segue preso a uma lógica que reduz a capacidade de reação da economia.
O cenário é ainda mais delicado diante do aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros, que já afetam o setor industrial. Em um ambiente global adverso, o país precisa de estímulos à competitividade e ao investimento.
Manter a Selic em 15% é uma decisão que penaliza o trabalho, sufoca a produção e compromete o futuro do país. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) alerta que essa taxa de juros limita o desenvolvimento nacional e cobra do Banco Central uma mudança imediata de rumo. É urgente iniciar um ciclo de cortes. O Brasil não pode mais esperar.
Fonte: FIEB