O Governo da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), firmou parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) para fortalecer a resiliência climática no Semiárido. O acordo integra o Projeto da CAR, Sertão Vivo, e prevê a aplicação de R$ 13 milhões, aprovados por unanimidade pelo Comitê, com liberação prevista para o primeiro trimestre de 2026.

“Participamos da reunião do Comitê para apresentar o projeto Sertão Vivo, em especial a proposta de ampliação das ações voltadas a sistemas agroflorestais para comunidades de fundo e fecho de pasto. Ficamos felizes com a aprovação unânime para aplicação de mais R$ 13 milhões, previstos no orçamento de 2026”, explicou Kamilla Ferreira, coordenadora do projeto Sertão Vivo Bahia.

A parceria foi firmada na sede do Inema, em Juazeiro, e os recursos devem ser liberados no primeiro trimestre de 2026. O investimento será aplicado na recuperação da Caatinga, promoção da segurança alimentar e nutricional e geração de renda para famílias rurais de Abaré, Chorrochó, Macururé e áreas de Curaçá, Juazeiro e Rodelas.

“Essa união de esforços é essencial. Já temos áreas desertificadas no Submédio São Francisco e, neste primeiro momento, a parceria entre o Governo da Bahia, via CAR, e o Comitê de Bacias é fundamental para melhorar a vida do homem do campo, proteger o meio ambiente e preservar os recursos hídricos”, ressaltou Cláudio Ademar da Silva, coordenador regional do Médio São Francisco.

O projeto atuará diretamente junto a 352 mil pessoas de 49 municípios baianos, incluindo agricultores familiares, comunidades tradicionais, quilombolas, assentados da reforma agrária, ribeirinhos, extrativistas e povos indígenas. Abrange 13 territórios de identidade: Sertão do São Francisco, Piemonte Norte do Itapicuru, Piemonte da Diamantina, Itaparica, Sisal, Irecê, Bacia do Rio Grande, Velho Chico, Chapada Diamantina, Piemonte do Paraguaçu, Recôncavo, Médio Rio de Contas e Sudoeste Baiano.

O Sertão Vivo é executado CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e como financiador o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Por Silvia Costa