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Foto: Divulgação
Mulheres ganham protagonismo no canteiro de obras do VLT de Salvador e fortalecem a diversidade na construção civil
Um movimento representativo vem tomando conta do canteiro de obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Salvador e Região Metropolitana, uma das maiores intervenções de mobilidade urbana em andamento no país. Não bastasse chamar a atenção pela grandiosidade do projeto, as obras destacam a crescente presença feminina em funções que historicamente eram ocupadas apenas por homens.
Atualmente, o Consórcio Expresso Mobilidade Salvador, responsável pela obra, e formado pelas empresas Álya Construtora, Metro Engenharia e MPE Engenharia, já conta com 166 mulheres contratadas em diferentes cargos.
Profissionais como engenheiras, ajudantes, líderes de turma, armadoras, soldadoras, técnicas de edificações, pedreiras, analistas ambientais e gerentes de sustentabilidade ganham espaço e protagonismo, desafiando estereótipos e quebrando barreiras de gênero na construção civil.
Esse avanço, resultado de uma iniciativa conjunta entre o consórcio e a Companhia de Transportes da Bahia (CTB), vem transformando a rotina do canteiro. “Não fazemos distinção de gênero no processo seletivo e é gratificante ver mulheres, inclusive sem experiência, sendo incentivadas a participar, especialmente por meio do programa Jovem Aprendiz”, afirma Pedro Pinheiro, gerente administrativo e financeiro da Álya Construtora.
As colaboradoras têm se destacado pelo comprometimento e pela baixa rotatividade, fatores que agregam ainda mais valor à execução do projeto. “A presença feminina também reflete uma mudança cultural importante no setor de construção pesada, historicamente marcado pela predominância masculina”, pontua Anderson Silva, gerente de contrato da obra.
A líder de turma, Jaqueline Conceição, atua na obra com uma equipe formada por homens e mulheres que desafiam os preconceitos e mostram competência em todas as etapas do projeto. “É um orgulho liderar uma equipe diversa, com mulheres negras e batalhadoras. Lugar de mulher é onde ela quer estar”, ressalta a profissional.
Além da remuneração, as colaboradoras recebem um pacote de benefícios, como vale transporte, refeições no local, seguro de vida, auxílio funeral e telemedicina.
Com mais mulheres no canteiro, o VLT de Salvador se torna um exemplo de diversidade e inclusão em obras de grande porte, reforçando que ampliar oportunidades é investir em inovação, qualidade e transformação social.
Por Eliane Mendonça