
Foto: Clara Raissa/Divulgação
Em sessão lotada, filme sobre a infância de Luiz Gonzaga foi lançado em Salvador
Artistas, jornalistas e amigos dos diretores e integrantes do elenco do filme Luiz Gonzaga Légua Tirana participaram da pré-estreia do longa, na noite desta quinta-feira, em Salvador. A sessão que lotou duas salas com mais de 200 convidados foi realizada no UCI DELUX, no Shopping da Bahia. A estreia oficial será no próximo dia 21, em mais de 300 salas de cinema do Brasil.
A noite de festa teve ainda presença do repentista e cordelista baiano Bule-Bule, que interpreta Assum Preto, um personagem mítico da trama.
Protagonista do filme, o sanfoneiro cearense Kayro Oliveira começou ainda cedo aos cinco anos e assim como Gonzaga, personagem que interpretou, executou os primeiros acordes incentivado pelo pai. “Para mim é uma honra interpretar um ídolo e fazer Gonzaga é entrar para a história”, disse.
Um dos diretores do filme, Diogo Fontes disse que a produção de Luiz Gonzaga – Légua Tirana começou há mais de 15 anos. “É, portanto, também uma longa história para nós — um sonho acalentado e construído com o trabalho e a união de muitas pessoas. Agora, finalmente, levamos essa obra ao público, para que todos possam sonhar junto conosco”.
Ele lembra ainda que o filme retrata a infância, a maturidade e as origens desse grande ícone, contando sua trajetória desde o nascimento até o “encantamento” desse mito brasileiro. “Trata-se de uma cinebiografia diferente das demais — uma cinebiografia poética, em que o imaginário também faz parte da narrativa. Não contamos apenas fatos reais, mas também incorporamos elementos inventados e fantasiados, o que torna o longa único e especial”, resume.
Mais uma vez Gonzaga
O ator e músico Chambinho do Acordeon, que interpreta Luiz Gonzaga no filme Légua Tirana, celebrou a pré-estreia da produção em Salvador. “Estou muito feliz de participar deste momento”.
Sobre a cena mais marcante, Chambinho destacou: “Gosto muito de uma em que estou no camarim, toco a sanfona, coloco o chapéu de couro que guarda uma lembrança da família e começo a tocar. O resto, deixo para o público descobrir”.
Já Marcos Carvalho, que também dirige o longa, ressaltou que essa é uma obra que nasce, que brota do sertão, que tem o envolvimento de muita gente do sertão. O filme foi rodado na própria terra do Luiz Gonzaga. “E esse filme é um abraço desse chão que a gente pisa com o céu do sertão. Ele é um poema cinematográfico, ele é o nosso aboio em forma de cinema, em honra e louvor ao grande mestre Luiz Gonzaga”.
O filme tem ainda a estreia de Wellington Lugo e participações de Cláudia Ohana, Tonico Pereira, Luiz Carlos Vasconcelos, dentre outros.