
Foto: Igor Bione
3ª edição do Festival Mempodera reúne mais de 160 crianças na Arena Aline Silva
Nos dias 26 e 27 de junho, aconteceu a 3ª edição do Festival Mempodera, na Arena Aline Silva (Serviço Social da Indústria - Sesi, em Cubatão - SP), organizado pela Mempodera, instituição que oferece aulas de wrestling e inglês para meninas de Cubatão, Itariri, Pedro de Toledo (SP) e São Luís (MA). Cerca de 170 meninas participaram dos dois dias de evento, sendo que 15 vieram do Maranhão para participar do encontro, e puderam vivenciar uma imersão educativa e inspiradora no universo do wrestling.
“O Festival é o dia mais esperado do ano pelas alunas. Elas ficam super animadas e ansiosas por essa data. A nossa equipe fica muito feliz em proporcionar esse momento. A melhor coisa do Festival é a forma de competição em um ambiente acolhedor e respeitoso, onde todas as meninas têm um espaço para brilhar. A participação delas é o nosso foco — queremos que todas saiam felizes. Tudo foi pensado para isso acontecer. Estamos fazendo história, a Mempodera é liderada por três mulheres pretas, 93% da nossa equipe é formada por mulheres e, no Festival, reunimos aproximadamente 170 meninas praticando um esporte de luta — isso não acontece em nenhum outro lugar do Brasil. Isso é sobre empoderar”, destaca Mayara Graciano, coordenadora pedagógica da Mempodera.
Torneio marcou os dois dias de evento
Um dos princípios que faz parte da metodologia da Mempodera, é a criação de espaços seguros e acolhedores, e no Festival não foi diferente. Buscando proporcionar uma vivência mais realista possível em uma competição, principalmente de wrestling, a organização preparou um torneio para as atletas. No primeiro dia, as alunas de dez a 17 anos competiram entre si, já o dia seguinte foi a vez das atletas mais novas, de seis a nove anos.
“Eu achei que o projeto foi muito bem organizado, foi muito legal! Tinha várias músicas, a gente dançou, falou com os gringos, brincou... foi uma experiência nova”, contou animada Emanuele Silva Goulart Azevedo, aluna da Escola Municipal Negro Cosme, no Maranhão. Sobre a competição, resumiu com um sorriso: “Na hora da luta foi legal!”.
Para muitos participantes, o Festival também foi uma oportunidade de aprender com atletas mais experientes e se familiarizar com materiais específicos da modalidade, como os tapetes olímpicos e as malhas. “O que eu mais gostei foi da luta e também dos ensinamentos”, disse Vitória Sophia Saraiva Pacheco, também da Escola Municipal Negro Cosme.
A competição foi também um momento de interação entre as participantes de diferentes núcleos e uma oportunidade para conhecerem e se familiarizarem com materiais específicos da modalidade, como tapetes olímpicos e malhas. No primeiro dia, estiveram presentes mais 30 atletas profissionais do VOLeaders Academy — um programa de desenvolvimento de liderança que tem como objetivo formar líderes entre estudantes-atletas por meio do esporte, a fim de promover mudanças sociais positivas —, da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos.
O evento aconteceu na Arena Aline Silva, que leva o nome da fundadora da Mempodera e ex-atleta e medalhista da modalidade, um espaço oferecido pelo Sesi Cubatão. Além de ceder o espaço, na manhã dos dois dias, as alunas puderam assistir a um treinamento dos atletas profissionais do Sesi e, após, conversarem e trocarem ideias sobre o esporte. O momento foi uma oportunidade de vivenciar um pouco mais da profissão.
“Reconhecemos o esporte como uma ferramenta transformadora, capaz de criar oportunidades e fortalecer a confiança, especialmente, de meninas e adolescentes. Este projeto evidencia a força das ações colaborativas em gerar impactos positivos e duradouros nas comunidades onde atuamos, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e sustentável.” acrescentou Renata Chagas, Diretora Presidente do Instituto Neoenergia.
Visita ao Museu Catavento
No segundo dia do evento, a Unipar, importante empresa do setor químico e apoiadora do Mempodera, promoveu uma visita guiada ao Museu Catavento, em São Paulo, com as atletas que competiram no dia 26. O Museu, vinculado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é dedicado à divulgação científica de forma acessível e interativa, aproximando o público do universo da ciência.
“Para nós, é uma grande alegria proporcionar essa visita das atletas ao Museu Catavento. Iniciativas como essa reforçam uma das prioridades da nossa atuação: o desenvolvimento humano. É uma forma de criar oportunidades de crescimento e ampliar o acesso à educação e à cultura em um dos principais equipamentos culturais de São Paulo”, afirma Adriano Araujo, coordenador de Projetos Sociais da Unipar.
Patrocinadora do equipamento cultural, a Unipar idealizou, junto com o Catavento, a exposição “Elemento Água”, e também foi responsável pela modernização do Laboratório de Química — ambas voltadas ao incentivo da educação científica entre crianças e adolescentes. Durante a visita, cerca de 70 atletas puderam conhecer alguns dos ambientes do Catavento, que oferece ao público exposições organizadas em quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade.
Ativações
O Festival não foi apenas um momento de torneios e novos aprendizados. Em ambos os dias, as mais de 160 participantes vivenciaram, além de uma imersão no universo do wrestling, uma experiência interativa em todos os espaços da Arena. A Transpetro participou pela primeira vez do Festival e, além da presença de responsáveis pelos projetos sociais, distribuiu diversos brindes para as atletas.
“Estimular e valorizar o esporte brasileiro com a inclusão necessária são objetivos da Transpetro. Essa parceria que firmamos com a Mempodera é fundamental para nós porque promove o desenvolvimento de habilidades esportivas em crianças e adolescentes, reduzindo a vulnerabilidade social de um público que necessita de atenção especialmente nessa faixa etária”, ressalta Lilian Rossetto, gerente de Comunicação Empresarial e Imprensa da Transpetro.
O Festival foi organizado pela Mempodera, e contou com patrocínio da Neoenergia, Redecard Itaú, Unipar, Vivara, B3, CMOC Brasil e Transpetro, que apoiam via Lei de Incentivo ao Esporte, o Ministério do Esporte e o Governo Federal.
Por Jéssica Amaral