‘Melanina Acentuada Festival’ apresenta roteiro de espetáculos e a presença de Leda Maria Martins e Sued Nunes, como destaques da sétima edição

Foto: Rafael Motta

‘Melanina Acentuada Festival’ apresenta roteiro de espetáculos e a presença de Leda Maria Martins e Sued Nunes, como destaques da sétima edição

28/06/2025
Noticias Gerais

Da Federação à Vitória, passando pelos bairros da Pituba e Rio Vermelho; todos os caminhos levam ao ano VII do ‘Melanina Acentuada Festival’. Entre os dias 9 e 14 de julho, baianos e turistas poderão apreciar espetáculos teatrais da dramaturgia negra, com música, literatura e intercâmbio de ideias no Goethe-Institut, Teatro Jorge Amado, Cineteatro 2 de Julho e o Teatro Cambará da Casa Rosa.

Sob a concept art da edição, a ‘Ancestralidade Futurística’ permeia todo o roteiro cultural da edição, convidando o público à se emocionar e conhecer à fundo uma diáspora africana sem linearidade. Quem assina esse olhar sensível são os produtores e diretores criativos Clayton Nascimento, Jhonny Salaberg, Aldri Anunciação, Mônica Santana, Jamile Cazumbá e Toni Silva.

Com o roteiro cultural em mãos, os visitantes iniciam o circuito de atividades à partir do dia 9 de julho, com um show da cantora e compositora baiana Sued Nunes, à partir das 20h. A partir daí, o Teatro do Goethe-Institut abre a temporada de espetáculos com Ana e Tadeu, pela ótica de Mônica Santana, no dia 10 de julho. À partir do dia 11, o espetáculo sucesso de bilheteria MACACOS, de Clayton Nascimento retorna aos palcos do Teatro Jorge Amado. Do dia 12 de julho em diante, a programação cultural de Salvador será ocupada pelos espetáculos Parto Pavilhão, Embarque Imediato, Pretamorphosis e Um Ritual – Recital Performático.

Ampliando o acesso às narrativas africanas e fortalecendo as discussões afrocentradas na cena baiana, a grade cultural completa do Melanina Acentuada Festival conta com: apresentação de espetáculos; Ateliê de Ideias; Ateliê de Escrita Dramatúrgica com Ênfase Corporal; intercâmbios e conexões com o Café Melanina; show de música e ancestralidade; consultorias dramatúrgicas; performance de dança; recital performático; compartilhamento de poéticas; e entrevistas públicas.

Outro destaque deste ano é assinado pela presença da dramaturga e professora da UFMG, Leda Maria Martins. A ensaísta abre a programação dos ‘Ateliês de Ideias’ do festival, na Biblioteca do Goethe-Institut, dialogando seu estudo sobre ‘Performances do Tempo Espiralar e Poéticas do Corpo-Tela’ com a Ancestralidade Futurística, tema do ano VII. A acadêmica e dramaturga brasileira, atualmente, leciona pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Rumo à sétima edição do festival, a cidade de Salvador é mais uma vez ocupada pela arte, pelo compartilhamento de ideias e o intercâmbio cultural alicerçado na poética negra. A forte conexão do Melanina com o público e seus artistas evidencia como as trocas afetivas e intelectuais fortalecem o fazer artístico e impulsionam o ecossistema criativo de Salvador.

A presença dos creators e espectadores em um mesmo ambiente também vem ganhando destaque nas últimas edições. Esse encontro de saberes, conexões e networking já conhecido no circuito teatral entre dramaturgos, artistas, participantes e o grande público carrega o nome de Café Melanina, que retorna às celebrações deste ano.

Estimulando colaborações, inspirando narrativas negras e abrindo caminhos para novos negócios que se originam da escuta, da partilha e do intercâmbio cultural, o Café Melanina propõe uma atmosfera de acolhimento e construção coletiva em que o festival reafirma seu papel como ponto de encontro essencial para quem pensa e vive a arte negra contemporânea.

Quem estava com saudades dos encontros matinais pelo Café Melanina, pode aproveitar a troca de saberes e conhecimento, em um cenário livre e colaborativo. A iniciativa é uma adição à programação do festival, sendo um ponto de convergência sobre a diversidade das narrativas negras. O público poderá curtir todo o roteiro dos espetáculos, entrevistas e ateliês, e ainda ficar frente a frente com seus autores e coautores. Totalmente gratuito, o Café Melanina valoriza os encontros como ferramenta de criação e reinvenção, fortalecendo a presença de vozes negras na cena cultural e ampliando os horizontes do pensamento artístico em Salvador.

“A cada edição, o Melanina Acentuada Festival se firma como um espaço pulsante de criação, encontro e afirmação da cultura e do pensamento negro. Em 2025, ao celebrarmos a ‘Ancestralidade Futurística’, reverenciamos nossos passos antigos enquanto projetamos novas possibilidades de existência e arte. Os espetáculos, os encontros, os ateliês e o Café Melanina transformam Salvador em um grande território de escuta, intercâmbio de ideias e reinvenção coletiva. É nesse movimento de circularidade e pertencimento que fortalecemos o ecossistema criativo negro, abrindo caminhos para novas narrativas e alianças”, conclui Aldri Anunciação, idealizador e produtor do festival.

Todas as atividades do Melanina Acentuada Festival são gratuitas, exceto os espetáculos, que possuem valor simbólico de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Viabilizando a integração, o festival dispõe de 5% da lotação do espaço para acessibilidade e 10% distribuída gratuitamente para estudantes de escolas estaduais. Para participar, os ingressos para os espetáculos poderão ser adquiridos através do Sympla. Mais informações através do perfil no Instagram @melaninaacentuada.

O Melanina Acentuada Festival – Ano 7 foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal.

PROGRAMAÇÃO OFICIAL - MELANINA ACENTUADA FESTIVAL - ANO 07

(A programação pode sofrer alterações)