Imagem mostra pesquisador durante coleta de sedimento no Rio Jequitaí (MG) (Foto: SGB/Divulgação
Pesquisadores iniciam estudos que permitem identificar contaminação em rios e solo de municípios da Bahia
Um novo estudo permitirá
identificar possíveis contaminações nos rios e solo de 20 municípios do
sudoeste da Bahia, que compõem a Bacia do Rio São Francisco. A partir
desta segunda-feira (1), pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil
(SGB)
– empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME),
percorrem as cidades para coletar amostras das águas dos rios, de
sedimentos de fundo de rio e do solo da região para análises químicas. A
área de estudo tem ao todo 80 mil km²
e abrange os três principais rios da região: Carinhanha, Formoso e
Corrente.
As ações
são realizadas principalmente nos municípios de Correntina e Cocos,
contemplando também Carinhanha, Coribe, Feira da Mata, Jaborandi, São
Félix do Coribe, Serra do Ramalho, Baianópolis, Bom Jesus da Lapa,
Brejolândia, Canápolis,
Muquém do São Francisco, Santa Maria da Vitória, Santana, São Desidério,
Serra do Ramalho, Serra Dourada, Sítio do Mato e Tabocas do Brejo
Velho. Uma parte dos estudos ocorrerá no Parque Nacional Grande Sertão
Veredas, unidade de
conservação.
Esse é o primeiro trabalho de campo do ano, do SGB, para levantamento geoquímico dentro do projeto Mapeamento Geoquímico de Baixa Densidade. “A importância desse trabalho é conhecermos a composição química das
águas dos rios, dos sedimentos e do solo da região”, explica o
pesquisador em geociências José Marmos. De acordo com ele, as análises
permitem identificar se há
elementos em quantidade superior ao permitido pela legislação, o que
pode caracterizar contaminação, seja por fatores naturais ou pela ação
humana.
As
informações geradas a partir da pesquisa geoquímica podem ser aplicadas
em diversos setores, como: agricultura, veterinária, saúde pública e
monitoramento ambiental, além de apoiarem a elaboração de políticas
públicas para o desenvolvimento
regional. “O estudo também serve para prospecção mineral, pois por meio
das amostras coletadas é possível detectar algum tipo de metal de
interesse econômico para pesquisas detalhadas no futuro”, destaca
Marmos.
As
atividades ocorrem em duas etapas, sendo a primeira entre os dias 1º e
23 de abril, e a segunda entre 22 de abril e 14 de maio. Ao todo, 16
pesquisadores estão envolvidos. Serão coletadas amostras de água e
sedimento de corrente em 345 pontos
pré-definidos. Já a coleta de solo ocorrerá em 84 locais. As amostragens
serão enviadas para a Rede de Laboratórios de Análises Minerais (Rede
LAMIN) do SGB, que fará as análises químicas. Concluída essa etapa, as
informações serão consolidadas em um atlas geoquímico.