
Foto: Divulgação/Arquivo O Candeeiro
Transição energética segura avança com investimentos em novos sistemas de armazenamento no Brasil, diz Powersafe
Com o crescimento exponencial das fontes renováveis no Brasil, como solar e eólica, e a necessidade de elevar a segurança e confiabilidade do sistema elétrico nacional, as tecnologias de armazenamento energético entraram de vez no radar do setor privado para novos investimentos verdes na transição energética.
Essa é a grande aposta da Powersafe, fabricante brasileira de baterias e sistemas de energia, que passou a atuar no setor de renováveis em 2024 e já prevê o aumento da representatividade desse segmento em seu faturamento de 3% para 20% até 2026. A empresa possui mais de 20 anos de experiência no setor de armazenamento de energia, destacando-se como uma das maiores indústrias e distribuidoras de baterias para aplicações especiais na América do Sul, incluindo data centers, hospitais e centros de saúde, sistema bancário, telecomunicações e segurança patrimonial, entre outros.
No setor de renováveis, a Powersafe tem investido pesado em inovação, expansão da capacidade produtiva, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura de testes e certificação, capacitação e treinamento de mercado, além de parcerias estratégicas. A estratégia é abocanhar parte dos investimentos previstos com sistemas de armazenamento energético para esse mercado, com um portfólio de mais de 400 produtos desenvolvidos. A estimativa da Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (ABSAE) é de que esse segmento movimente mais de R$ 44 bilhões em investimentos até 2030 no País.
Segundo André Ribeiro, gerente operacional da Powersafe, o crescimento das fontes como solar e eólica, que são naturalmente variáveis, exige um sistema capaz de promover compensações e otimizar a transmissão e distribuição da energia gerada. “O avanço tecnológico já permite a integração eficiente de baterias a sistemas de geração, equilibrando oferta e demanda, reduzindo perdas operacionais e ampliando a autonomia das redes”, explica.
“Armazenar energia é garantir que ela esteja disponível quando for mais necessária, com menos desperdício e maior previsibilidade. A mudança de paradigma é evidente: armazenamento já não é mais considerado um adendo aos sistemas de geração, transmissão e distribuição, mas uma tecnologia com lógica própria, que exige planejamento específico, infraestrutura dedicada e visão estratégica”, acrescenta Ribeiro.
De acordo com o executivo, grandes empresas do setor produtivo já incorporam baterias em seus projetos, otimizando operações e se preparando para um futuro energético mais resiliente. “O Brasil, com sua vasta capacidade de geração renovável e um mercado energético em expansão, tem potencial para liderar essa nova etapa global, desde que aproveite as oportunidades criadas pelos sistemas de armazenamento”, pontua.