Reunião tratou de avanços para o setor industrial / Foto: Divulgação
Em reunião, indústria química e governo da Bahia tratam de propostas para alavancar o setor
Avanços importantes para a indústria
química foram discutidos em reunião realizada nessa segunda-feira (05),
entre o Presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria
Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, o Secretário da Casa Civil
do Governo da Bahia, Afonso Florence, representantes das Secretarias da
Fazenda e do Desenvolvimento Econômico, Investe Bahia e Bahia Gás. Os
integrantes do executivo baiano comprometeram-se em apoiar o setor em
propostas de programas de incentivo, por
meio do diálogo com o Governador Jerônimo Rodrigues, e líderes do
governo federal, além de sinalizar positivamente para a criação de um
grupo de trabalho permanente.
Entre
as maiores plantas produtivas instaladas no estado da Bahia estão as
indústrias químicas, representadas por 64 empresas, com especial
destaque para o polo de Camaçari, onde estão ancoradas quase metade
delas, empregando quase 14 mil pessoas e
gerando uma arrecadação de R$ 4,05 bilhões em ICMS em 2023. “Dos
empreendimentos químicos em solo baiano saem produtos e insumos
essenciais para o abastecimento do Brasil, são empresas que colocam seus
esforços produtivos em prol do crescimento da
economia local”, reforçou André Passos.
Propostas da indústria química
A Abiquim demonstrou ao governo da Bahia
as propostas que tem feito a todas as esferas do poder público para
alavancar o setor no Brasil e no estado. Dentre elas, os pleitos de
elevação da Tarifa Externa Comum (TEC), pedindo a inclusão na Lista de
Elevações Transitórias para 65 produtos – na prática, deve haver um
incremento nos impostos para importação, freando a entrada de insumos no
país e priorizando a indústria nacional.
Outro tema abordado foi o gás natural. No
Brasil, alguns setores como a indústria química - maior consumidora de
gás do setor industrial, com cerca de 25 a 30% do total - vem atingindo
números negativos por conta da baixa oferta e altos preços do
insumo praticados no Brasil. No primeiro semestre desse ano, a Abiquim e
a Petrobras assinaram um Protocolo de Intenções, com objetivo de
desenvolver oportunidades para a companhia e os associados da entidade, a
fim de identificar novos potenciais
negócios nas áreas de gás natural e/ou energia.
Por fim, a reunião fez um debate sobre
programas estruturantes para o segmento, como o Programa de Estímulo à
Indústria Química Verde Brasileira (PROVER), hoje em construção conjunta
com o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços. Essa iniciativa prevê créditos financeiros a integrantes da
cadeia e pode provocar a retomada contra a ociosidade de plantas – hoje,
a utilização da capacidade brasileira instalada está em 64%, o mais
baixo patamar dos últimos 30
anos.
A Casa Civil reforçou seu compromisso com
o avanço das temáticas, comprometendo-se a intermediar diálogos com
lideranças do governo federal, como o Ministro Rui Costa e autoridades
do MDIC e do Ministério da Fazenda.
Parceria para a Bahia
Além das discussões sobre a lista
transitória de elevações à TEC, o gás natural e programas de estímulo à
química verde, o governo da Bahia incentivou o setor a uma maior adesão
ao Selo Lilás, programa que promove a igualdade de gênero nas
empresas, e solicitou apoio do setor químico ao programa Primeiro
Emprego, que visa aumentar as oportunidades para jovens ingressando no
mercado de trabalho.
“Sabemos da importância da colaboração
entre o setor público e o privado para impulsionar o desenvolvimento
econômico e social da Bahia. A criação do grupo de trabalho e o apoio as
nossas propostas são passos importantes nesse sentido,
evidenciando um esforço conjunto para o crescimento sustentável e
inclusivo do estado”, reforça o Presidente-executivo da Abiquim.
Abiquim
Completando 60 anos em 2024, a Associação Brasileira da Indústria Química (www.abiquim.org.br)
é uma entidade sem fins lucrativos que congrega indústrias químicas de
grande,
médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor
químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e
atendimento a emergências. A Associação realiza o acompanhamento
estatístico do setor, promove estudos
específicos sobre as atividades e produtos da indústria química,
acompanha e contribui ativamente para as mudanças na legislação em prol
da competitividade e desenvolvimento do setor e assessora as empresas
associadas em assuntos econômicos,
técnicos e de comércio exterior. Ao longo dessas seis décadas de
existência representando o setor químico, a Abiquim segue com voz ativa,
dialogando com seus stakeholders e buscando soluções para que a
indústria química brasileira faça o
que vem fazendo de melhor: ser a indústria das indústrias.
Sobre a Indústria Química
Provedora de matérias-primas e soluções
para diversos setores econômicos - agricultura, transporte,
automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial - a
indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo.
Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos
CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma
matriz elétrica composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa
média é de 28,6%. Esta marca só
foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que
foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a
eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a
migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.