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"Em nome da lisura eleitoral, eu não sou contra o voto impresso", diz Ismerim
Por Osvaldo Lyra e Flávio Gomes
A principal bandeira do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para o pleito do ano que vem, é o voto impresso. A Câmara analisa o tema, que deve ser aprovado na Comissão com aval não apenas de governistas.
Para Ademir Ismerim, advogado e especialista em direito eleitoral, o tema está mal explicado.
"Problema é que está mal explicado. Existe uma urna eletrônica que vai continuar. O resultado será dado pela urna eletrônica. Com a mesma agilidade, continuará sendo", disse.
"O que acontece é que você teria um voto impresso no sistema, como se fosse um extrato bancário, que você poderia pedir uma auditoria. E o candidato que se achar prejudicado, pode pedir um confronte", explicou ao Portal M!.
Ismerim disse ainda que é a favor do novo processo.
"Eu não sou contra. Todos acham que a urna eletrônica é segura e eu também acho. Mas nós não temos nenhuma prova disso. Quanto mais prova melhor. Eu acho que em homenagem a lisura eleitoral, tinha que ter", afirmou.
Ainda, segundo o advogado, é temeroso "se Bolsonaro perder a eleição e ficar colocando na cabeça da sociedade que existe fraude, com um sistema político tão acirrado e com uma série de desculpas".
Na última quarta-feira (9), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, debateu o assunto com os parlamentares e afirmou que a medida representa um "retrocesso".
Ismerim discorda do posicionamento do presidente do TSE e questiona, "retrocesso em quê, se a urna continua?".
Fonte: Portal M