Marcelo e Luisa em busca da primeira vitória nas duplas mistas (Divulgação)
Marcelo Melo enfrenta Novak Djokovic na estreia nas duplas mistas nesta quarta-feira (28) em Tóquio
Doro Jr. e Deborah Mamone
O mineiro Marcelo Melo volta à quadra nos Jogos Olímpicos de Tóquio
nesta quarta-feira (28). O sonho de buscar uma inédita medalha no Japão
segue, agora, nas duplas mistas. E a estreia será diante do número 1 do
mundo em simples, o sérvio Novak Djokovic. Melo estará ao lado da
paulistana Luisa Stefani e Djokovic jogará com sua compatriota Nina
Stojanovic, na quinta partida programada para a Quadra Central do Ariake
Tennis Park, por volta das 6h (horário de Brasília).
Melo e
Stefani vêm treinando forte para esse primeiro jogo nas duplas mistas,
que vale vaga nas quartas de final. A chave foi sorteada nesta
terça-feira (27) na capital japonesa.
“Treinos muito bons aqui
com a Luisa. Vamos que vamos”, afirma Marcelo, que tem o patrocínio de
Centauro e BMG, com apoio da Volvo, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa
Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
Em 2019, ao lado do
seu parceiro, o polonês Lukasz Kubot, Melo enfrentou e venceu duas vezes
Djokovic: na semifinal do Masters 1000 de Indian Wells (EUA), em que o
sérvio jogou com o italiano Fabio Fognini, e na estreia do Masters 1000
de Cincinnati (EUA), diante da dupla Djokovic e Janko Tipsarevic.
Melo
joga com Luisa nas duplas mistas após ter disputado duplas masculinas
em Tóquio com o gaúcho Marcelo Demoliner, que entrou no lugar do mineiro
Bruno Soares, afastado dos Jogos em função de apendicite. Melo e
Demoliner pararam na primeira rodada, na semana passada, diante dos
croatas Nikola Mektic e Mate Pavic – cabeças de chave 1.
Em
Tóquio, Melo disputa a sua quarta Olimpíada. Já esteve em Pequim-2008
(com André Sá) e em Londres-2012 e Rio-2016 (ao lado de Bruno Soares).
Na Rio-2016, Marcelo jogou também duplas mistas, com Teliana Pereira,
chegando até as quartas de final.
O Time Brasil foi para Tóquio
com sete representantes. Com a retirada de Soares, por motivo de saúde,
Melo e Demoliner jogaram nas duplas masculinas, as paulistas Luisa
Stefani e Laura Pigossi seguem nas duplas femininas, o mineiro João
Menezes e o cearense Thiago Monteiro disputaram a chave de simples. E,
agora, Melo e Stefani estreiam nas duplas mistas.
No ranking
mundial individual de duplas divulgado nesta segunda-feira (26) pela
Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Melo está em 18º lugar, com
5.040 pontos.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking
Recordista
brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas
no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP
Finals – completou oito seguidas em 2020 -, Marcelo somou mais um
recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington,
em julho de 2019, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a
atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas –
25 consecutivas - como líder do ranking mundial individual de duplas da
ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 - e 17 semanas
em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22
semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por
mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Único brasileiro na
história a ser número 1 do mundo em duplas.
Em 2020, no México,
no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da
carreira, o 14ª com o polonês Lukasz Kubot, e no mês de outubro, no ATP
500 de Viena somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano
consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e
Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35
títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França
(2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove
ATP 500 e 15 ATP 250.
Nove vitórias em 2021
Em 2021,
Marcelo Melo tem três vitórias ao lado do romeno Horia Tecau, uma na
estreia no Murray River Open (ATP 250) e duas no Australian Open, ambos
em Melbourne. Uma vitória jogando com a russa Vera Zvonareva na estreia
nas duplas mistas do Grand Slam. Duas vitórias com Jean-Julien Rojer, na
estreia do ATP 250 de Doha e na estreia do Masters 1000 de Madri. Três
vitórias com Lukasz Kubot em Wimbledon.
Em 2020, Melo e Kubot
somaram 22 vitórias, na estreia no Australian Open e no ATP 250 de
Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco, uma no
Masters 1000 de Cincinnati, uma no ATP 500 de Hamburgo, uma na estreia
em Roland Garros, três no primeiro ATP 250 e uma no segundo em Colônia,
quatro em Viena, duas em Paris e uma no ATP Finals.
Marcelo, 37
anos, e Kubot, 39 anos, formaram parceria desde o início da temporada
2017, encerrada no final de 2020 e retomada agora. Antes, jogaram em
torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Em 2020, Melo e Kubot terminaram como a sétima melhor parceria do ano,
com 2.340 pontos. No ranking mundial individual de duplas, pela oitava
temporada seguida, Marcelo ficou entre os Top 10. No ano passado, foi
décimo. Em 2019, sétimo. Em 2018, nono do mundo, primeiro em 2017 e
2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro
título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal.
Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018)
e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de
títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar
Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati
(2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Fonte: ZDL Sports